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Duelo Trump-Harris está a causar stress nos norte-americanos

Foto Thrive Studios / Shutterstock.com
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As eleições de 05 de novembro, nas quais se vão defrontar o ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris, estão a causar stress na maioria da sociedade norte-americana, indica um estudo publicado na terça-feira.

Os norte-americanos vão decidir, dentro de duas semanas, entre duas formas de pensamento diferentes e as sondagens apontam que o vencedor irá assumir a Casa Branca depois de vencer com uma margem de votos muito estreita.

De acordo com o portal de sondagens FiveThirtyEight, a democrata Kamala Harris lidera as sondagens por quase dois pontos, embora nos últimos dias tenha vindo a perder a vantagem.

Por outro lado, nos sete estados decisivos para a vitória eleitoral, ambos os candidatos estão praticamente empatados.

A incerteza de não saber quem vai liderar o país nos próximos anos está a causar stress a 69% dos participantes no inquérito 'Stress in America', realizado pelo centro de investigação The Harris Poll depois de entrevistar mais de 3.000 adultos no país com mais de 18 anos entre 01 e 23 de agosto.

O número cresce alguns dígitos quando questionados sobre o futuro e a economia do país: 77% dos americanos dizem sofrer stress no dia-a-dia devido aos desvios que o país pode tomar consoante quem governa, e 73% devido à situação económica.

A inteligência artificial, enquanto ferramenta de desinformação e de notícias falsas, tem sido uma das protagonistas destas eleições, tanto que 82% das pessoas estão preocupadas que os eleitores possam estar a basear os seus valores e opiniões em informações falsas ou imprecisas.

Sete em cada dez pessoas estão preocupadas que as eleições presidenciais possam levar a uma espiral de violência no país e mais de metade (56%) acredita que estas eleições possam significar o fim da democracia nos EUA.

Estes dados não surpreendem depois de uma campanha em que Trump sofreu uma tentativa de assassinato, sugeriu ordenar a intervenção das Forças Armadas para enfrentar um suposto "inimigo interno" no dia das eleições, e persistem preocupações de que os republicanos possam rejeitar os resultados em caso de derrota.

Segundo os investigadores, é precisamente este clima de polarização que está a servir de trampolim para o ativismo e a mobilização.

Mais de três quartos dos adultos (77%) afirmaram que pretendem votar nas eleições presidenciais.

As comunidades que se sentem mais desafiadas a participar nas eleições são as negras e latinas, um dos alvos eleitorais pelos quais ambos os candidatos mais lutam.