PSP e DRTT cúmplices
O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer, disse Albert Einstein.
Recentemente a má conduta de um 'senhor' condutor de autocarro menos responsável volta a fazer feridos. A semana passada, segundo li, foram duas senhoras feridas num autocarro, uma delas com gravidade, com lesões que vão levar meses a tratar, deixando-a acamada, com dores, sujeita a vários tratamentos e fisioterapias dolorosas, etc... Um “incómodo” que vai além do tempo e do dinheiro, sendo de dor e sofrimento, quer da senhora quer de familiares e acompanhantes.
Este é apenas mais um caso de tantos outros, fruto não só do desrespeito e falta de sensibilidade profissional e humana, de condutores e (in)responsáveis das empresas do sector, mas também de quem compete fiscalizar, punir e manter uma vigilância eficaz e não o faz.
Há mais de três anos que iniciei reclamações e consequentemente exposição pública nos média, dos responsáveis e respectivas cadeias de comando que compactuam com esta loucura diária, não de transportar pessoas mas de fazer corridas de autocarro entre um ponto e outro. Parar e apanhar um passageiro é um “atrapalho”! Mal este mete um pé dentro do autocarro, o condutor arranca, não deixando o passageiro se sentar ou até colocar o cinto como de lei! Insatisfação também partilhada no Diário por outros utentes, mas pouco ou nada melhorou!
Iniciei queixas na PSP presencialmente e por email para o comando da PSP, participações que já chegam quase às três dezenas: condução pondo os passageiros em perigo, condução ao telemóvel, atentado contra a minha própria segurança chegando a me provocar um traumatismo craniano com ida ao hospital, devido a queda para cima do pára brisas.
Continuo há vários meses à espera da resposta do comando da PSP pedida por um advogado... E nada! Há vários dias pedi novamente informações ao Comando e recebi uma resposta evasiva que nada dizia em concreto sobre o estado das minhas reclamações!
Reclamações e pedido de esclarecimento do advogado, que estendi à DRTT indagando sobre o estado e medidas em prol da resolução do problema e punições aos infratores, mas o que recebi foi também uma resposta descartando-se.
Todos “lavam as mãos” remetendo o assunto para outras entidades! Resumindo, defendem facilitismos e porreirismos que atentam contra a dignidade das próprias instituições que representam.
Preferem defender prevaricadores e ver o nome “arrastado na lama” junto com eles, em detrimento de defender quem procura a justiça.
Da minha parte não me cansarei de denunciar toda esta vergonha crescente, seja nos media ou órgãos de justiça, a fim de acabar não só com comportamentos que atentam contra a segurança do cidadão mas também autoritarismo de entidades (ou pessoas) que acham que “têm o Pão e o queijo na mão”, mas será que têm a espada?!
Dizia um Sr. Dr. Fiscalista no debate do Orçamento de Estado: “desde 2002 a 2024 a despesa com instituições públicas tem vindo a subir e a qualidade a descer”. Por outras palavras, recebem cada vez mais e fazem cada vez menos!
Duarte de Sousa Melim