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Madeira

Há 21 anos, os estudantes da Universidade da Madeira fizeram 'greve à greve'

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Foi em Outubro de 2003 que os estudantes da Universidade da Madeira optaram por fazer 'greve à greve', não aderindo a uma paralização que aconteceu a nível nacional, sendo que em algumas faculdades chegou a atingir os 90% de adesão.

Esta greve tinha sido agendada no seguimento do Encontro Nacional de Dirigentes Associativos que, curiosamente, tinha decorrido no mês anterior, no Funchal. A principal reivindicação dos estudantes estava relacionada com as propinas, uma vez que tinham sido anunciados aumentos dos valores das mesmas. Noutros casos, as queixas estavam ainda relacionadas com as condições de algumas instalações.

Na Universidade da Madeira, ao contrário do que se passou no resto do país, o estabelecimento de ensino não encerrou. Pelo contrário, os estudantes foram às aulas. Como forma de protesto quanto à alimentação, levaram a comida de casa e usaram as instalações da cantina. 

A Associação Académica tinha apelado à comparência nas aulas, numa 'greve de zelo', que contou ainda com a colocação de balões à entrada do edifício no Campus da Penteada. Ao DIÁRIO, algumas alunas referiram que não faltaram às aulas devido às consequências que isso teria na avalição. Lembraram que, em Portugal continental, algumas associações académicas encerraram os edifícios, impossibilitando a realização de aulas.