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Explicador Madeira

Tem perfil para investir em acções?

Saiba como definir as metas do investimento e traçar o plano mais apropriado para as atingir

Investir em acções não será certamente para todos, mas para aqueles com capacidade financeira ou até mesmo para aqueles que, considerando o risco, decidam-se por este tipo de ‘incursão’ financeira, há algumas considerações a ter em conta.

De acordo com o site ‘Doutor Finanças’, ao qual nos socorremos para este EXPLICADOR, saber como investir em acções assemelha-se um pouco a um jogo de estratégia. “Com efeito, para aumentar a probabilidade de resultados positivos a longo prazo, é necessário definir as metas do investimento e traçar o plano mais apropriado para as atingir”, alerta.

A táctica deve ter em conta diversos elementos. Por exemplo, as características dos investidores, os objectivos da aplicação, os montantes disponíveis e os prazos possíveis. Olhemos então ao que é fundamental avaliar e que erros evitar.

* O que equacionar antes de investir em acções

Investir na bolsa de valores somente é aconselhável para quem tiver um perfil que tolere o risco de perda do capital. Além disso, dado o perigo de desvalorizações, a compra de acções requer que apenas se use dinheiro de que não se necessite no curto prazo. Asseguradas estas condições, pode começar a pensar no melhor plano para estipular como investir em acções em Portugal ou noutros mercados.

Uma peça essencial para montar o plano de investimento passa pela definição de metas. Qual o objectivo? Rentabilizar o dinheiro para ir de férias, dar de entrada para uma casa ou ir aumentando o pé-de-meia para quando chegar a idade da reforma?

Nesse sentido, dependendo da meta estabelecida, deverá haver um prazo para o investimento. Geralmente, quanto mais longo for esse tempo, maior o risco que se pode tomar.

* As principais opções de como investir em acções

Caso o perfil tolere o risco de fazer aplicações na bolsa de valores e exista um prazo razoável do investimento, chega a altura de decidir que tipo de instrumentos se podem utilizar. Ou seja, analisar a melhor maneira de como investir em acções.

A saber:

- Investimento directo: comprar, directamente, acções de uma empresa pode ser feito de forma simples, mas isso não quer dizer que seja uma tarefa fácil. Esta opção adequa-se melhor a investidores experientes e que dominem conceitos económicos e financeiros. Além disso, dado o peso das comissões, pode exigir investimentos iniciais de alguns milhares de euros para diluir o impacto daqueles custos;

- Fundos de investimento: existem centenas de produtos deste tipo que investem apenas em acções. Entre as vantagens está o facto de terem equipas de gestão profissionais e permitirem o investimento indirecto em dezenas de acções, o que ajuda a cumprir a regra da diversificação. Podem, igualmente, ajudar a executar vários tipos de estratégias, pois há produtos especializados em determinados setores, geografias ou estilos de investimento;

- Exchange-traded fund (ETF): estes instrumentos funcionam como fundos negociados em bolsa. Mas há uma grande diferença comparativamente aos fundos tradicionais: não existe um gestor que tome decisões de investimento e limitam-se a replicar o desempenho de um índice acionista. Têm, por isso, comissões de gestão mais baixas e uma oferta que também permite concretizar diferentes tipos de estratégias. Tornam-se, assim, uma opção popular de como investir em acções.

* A importância de monitorizar o portefólio

Para aumentar a probabilidade de sucesso, os investidores devem acompanhar regularmente a informação e os dados sobre o seu investimento. Decerto que quem investe directamente terá de seguir o andamento dos mercados com mais frequência. Contudo, mesmo quem opte por fundos de investimento ou ETF deve seguir amiúde a evolução desses produtos.

No que toca a saber como investir em acções, entende o ‘Doutor Finanças’ que é inegável que a estratégia traçada inicialmente – e que se baseou no perfil, nos prazos e nas metas do investidor – deve ser seguida. Aliás, mesmo quando os mercados financeiros dão sinais de instabilidade, é importante manter o sangue-frio e seguir com o plano delineado.

No entanto, em alguns casos poderá ser necessário ajustar a carteira de investimento. Só para exemplificar, se uma acção ou sector tiver valorizado muito e começar a ter um peso demasiado elevado no total do portefólio, pode fazer sentido avaliar uma redução nesses investimentos. Por outro lado, se algum título passar abaixo do patamar de perda máxima que se está disposto a suportar, pode fazer sentido vender.

* Os erros mais comuns

Comprar acções sem ter uma estratégia coerente ou não acompanhar a evolução dos investimentos em carteira aumenta a probabilidade de resultados indesejados. Mas, quando falamos em como investir em acções, há outros erros a evitar para não ficar em desvantagem no tabuleiro dos mercados financeiros. A saber:

Investir no que não se entende: quando não se percebe o modelo de negócio de uma empresa ou as características de determinado produto, o melhor é evitar esse investimento;

Correr atrás das perdas: todos os investidores têm apostas que correm mal. Nesses casos, a tentação pode ser de tentar recuperar rapidamente as perdas. No entanto, isso resultará numa fuga à estratégia inicial, o que aumenta o risco de insucesso;

Ausência de diversificação: ao repartir a carteira de investimento por vários setores e geografias, mitiga-se o risco de perdas caso algum ativo tenha mau resultado;

Em resumo, conforme explica o 'Doutor Finanças', um "fintech da área do bem-estar financeiro", existem várias formas de decidir como investir em ações. Contudo, tal como num jogo de estratégia, é necessário conjugar as melhores armas e mitigar os erros ao máximo para ter sucesso.