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Madeira

Agência de acreditação avalia 15 cursos da Universidade da Madeira

Procedimento decorre em determinadas áreas em todo o território nacional

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A Universidade da Madeira (UMa) tem 15 cursos em fase de avaliação externa, o processo está agora no início, deverá estender-se pelo menos até ao final do ano lectivo. Do resultado deste procedimento depende a acreditação da oferta formativa da instituição.

A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, a A3ES, é a entidade com a responsabilidade de a nível nacional acreditar e avaliar as instituições de ensino superior portuguesas e os seus ciclos de estudos. Realiza regulamente este trabalho junto de todas as instituições e cursos do país com ajuda de comissões externas, sendo a avaliação feita regulamente por áreas científicas. “É um processo normal”, sublinha a vice-reitora da UMa.

Os cursos da UMa que estão em avaliação são as licenciaturas em Psicologia, Engenharia de Computadores, Engenharia Electrónica e Telecomunicações, Engenharia Informática, e Gestão; os mestrados em Psicologia da Educação, Engenharia Eletrotécnica - Telecomunicações, Engenharia Informática, Design de Media Interactivos, História Militar - este em parceria com a Academia Militar, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e outras instituições -, Literatura, Cultura e Diversidade, e Biologia Aplicada; e os doutoramentos Ilhas Atlânticas: História, Património, Quadro Jurídico-institucional, Engenharia Electrotécnica e Engenharia Informática.

A nível nacional todos os cursos de ensino superior destas áreas estão a ser avaliados, lembrou Custódia Drumond.

Nesta fase os directores dos cursos em questão estão a recolher e analisar dados e a fazer os relatórios de auto-avaliação de ciclos de estudos para submeter até 15 de Dezembro na plataforma criada para o efeito, onde estão vários itens para serem preenchidos. Após a submissão, a A3ES avalia se os documentos cumprem a lei. Se sim, é depois criada uma comissão de avaliação externa que vai ler os relatórios e marcar uma visita para avaliar os cursos no local. Só depois se pronuncia. “Estamos a falar de uma coisa que pode demorar um ano, acima de seis meses de certeza”, sublinha Custódia Drumond.

Segundo a vice-reitora, os cursos agora em avaliação foram acreditados por seis anos na avaliação anterior, o período máximo, por isso Custódia Drumond está confiante na avaliação que sairá deste procedimento.

A UMa já perdeu a acreditação de alguns cursos na sequência desta avaliação. “No passado, há mais tempo, sim. Nos últimos anos temos tido sempre as acreditações”, sublinhou a vice-reitora, revelando que mais de 73% dos cursos da UMa têm sido acreditados pelo período máximo. “É uma situação muito boa”. Há também cursos que em vez de seis anos têm tido acreditação por três, mas por causa da investigação ou de situações pontuais, revelou. “São situações pontuais, depois nós resolvemos essas situações, eles voltam a avaliar os nossos relatórios e têm passado sempre para seis anos”.

A vice-reitora assume o trabalho acrescido que exige este procedimento. Explica que a Universidade não fica à espera apenas deste momento para tomar o pulso à situação, que é preciso ir monitorizando o funcionamento dos cursos nos vários anos. “Mas este ano é o ano de reflectir através de um relatório, em que nós também colocamos as medidas que temos tomado para melhorar. Portanto não são só dos dados brutos, é também a análise, os pontos fortes, os pontos fracos e as evidências de trabalho feito a nível da melhoria”.

Deste relatório saem decisões e recomendações que as instituições de ensino devem seguir. São elaboradas pela comissão de avaliação externa, formada por pelo menos quatro pessoas, entre elas um elemento internacional, um estudante e peritos. O conselho de administração da A3ES ouve as propostas da comissão e toma a decisão final de acreditar ou não o curso; se é uma acreditação por seis anos, condicional ou de não acreditação e de encerramento.