‘Madeirense’ foi ao fundo há 24 anos
Recorde como foi criado este recife artificial neste ‘Canal Memória’
Foi à voz de Abreu Matos que as válvulas do navio ‘Madeirense’ se abriram, provocando o seu afundamento a cerca de uma milha da costa Sul do Porto Santo. A operação inédita no país aconteceu a 21 de Outubro de 2000.
No dia em que estava agendado o afundamento do navio, o DIÁRIO publicou uma reportagem com José Alfredo Afonso Abreu Matos, capitão da Marinha Mercante de 56 anos, que se iria despedir da embarcação nesse dia. Tinha vivido praticamente toda a sua vida profissional a bordo do ex-navio da Empresa Navegação Madeirense.
O navio foi colocado num fundo arenoso com trinta metros de profundidade. O afundamento seria feito através de alagamento, abrindo as válvulas. “Prefiro esta solução, a ver o navio a ser cortado em pequenos pedaços de chapa”, admitia Abreu Matos. Ao DIÁRIO admitia ainda que gostaria de ter como recordação o Diário de Bordo do navio. Mal sabia que, nesse dia, era mesmo isso que iria receber como recordação pelos seus anos de dedicação ao ‘Madeirense'.