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Madeira

Oferta de quartos para arrendar no Funchal cai para metade e faz disparar preços

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Foto DR, Idealista.pt

A oferta de quartos para arrendar em casa partilhada no Funchal caiu 49% no terceiro trimestre do ano, em comparação com o ano anterior, indo no sentido oposto à média nacional de subida de 36%, segundo análise publicada pelo idealista, "o marketplace imobiliário de Portugal", e divulgado esta manhã. A nível do país, "no trimestre anterior o aumento da oferta foi de 57%, verificando-se assim um desaceleramento nos últimos meses. Apesar de existirem mais quartos para arrendar, os preços subiram 7% num ano", enquanto na capital madeirense subiram 50%.

"Analisando a oferta de quartos por cidades, verifica-se que o aumento do “stock” foi bastante acentuado no último ano, sendo na sua maioria superior aos 25%. Foi em Beja (73%) onde mais se verificou essa subida, seguida por Castelo Branco (68%), Leiria (60%), Viseu (57%), Lisboa (53%), Santarém (49%), Aveiro (43%), Viana do Castelo (41%), Ponta Delgada (41%) e Porto (38%). Com um aumento da oferta inferior a 25%, encontram-se as cidades de Coimbra (20%), Évora (11%), Bragança (10%) e Braga (6%). Já na Guarda, o número de quartos disponíveis para arrendar manteve-se estável nesse período", salienta o idealista. Como é notório, a capital da Madeira não está do lado das subidas, portando "a oferta diminuiu no Funchal (-49%), Setúbal (-26%), Faro (-24%) e Vila Real (-17%)", registando assim a maior quebra.

Por consequência, se a nível nacional, "apesar da subida de stock, os preços aumentaram" e em todas as cidades analisadas, "foi no Funchal onde os preços mais subiram, sendo os quartos 50% mais caros do que há um ano". E acrescenta: "Seguem-se Faro (33%), Setúbal (27%), Aveiro (17%), Guarda (14%), Évora (13%), Braga (13%) e Bragança (11%). Com subidas de preço inferiores a 10%, encontram-se Viana do Castelo (9%), Lisboa (9%), Viseu (9%), Vila Real (9%), Porto (6%), Coimbra (5%), Santarém (4%), Castelo Branco (4%), Leiria (4%) e Ponta Delgada (1%). Em Beja, o preço dos quartos para arrendar manteve-se estável nesse período."

Para piorar, se é "Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam os 599 euros mensais", Funchal assume a vice-liderança, onde se cobra 450 euros/mês por um quarto, seguindo-se "Porto (425 euros/mês), Faro (400 euros/mês), Setúbal (380 euros/mês), Ponta Delgada (360 euros/mês), Aveiro (350 euros/mês), Évora (300 euros/mês), Braga (340 euros/mês), Santarém (302 euros/mês), Viana do Castelo (300 euros/mês), Coimbra (290 euros/mês). Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas para arrendar quarto são Bragança (200 euros/mês), Guarda (200 euros/mês), Castelo Branco (220 euros/mês), Beja (250 euros/mês), Vila Real (250 euros/mês), Viseu (250 euros/mês) e Leiria (280 euros/mês)", acrescenta. 

Arrendar quarto não é só para estudantes

Diz o Idealista que "os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos não é uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde".

Por ser uma "actual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa. Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de saírem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos", constata.

O idealista autoelogia-se, frisando ter-se tornado "numa referência para todos aqueles que procuram partilhar casa, tanto pela facilidade de utilização como qualidade da informação. A opção disponibilizada pelo idealista de procurar um companheiro de casa para iniciar com ele o processo de pesquisa de um alojamento, tem um grande sucesso entre os utilizadores portugueses e estrangeiros que se deslocam ao nosso país e que pretendem encontram um quarto desde os seus locais de origem. Uma das grandes vantagens são as diferentes opções linguísticas disponíveis no idealista: além do português está acessível o inglês, alemão, francês, russo, espanhol, italiano, sueco, holandês, finlandês, polaco, romeno, dinamarquês, chinês e grego", conclui.