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GNR detém 1.074 pessoas por violência doméstica em 9 meses

Números provisórios podem ficar abaixo dos últimos dois anos (1.509 detidos em 2022 e 1.588 detidos em 2023), destacando-se a apreensão de 949 armas até Setembro

Foto Shutterstock
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Tendo em vista a "prevenção e investigação do crime de violência doméstica", que "são prioridades da atual política criminal e constituem-se como uma prioridade estratégica e prioritária para a Guarda Nacional Republicana" (GNR), acaba de fazer um balanço provisório da sua actuação neste particular, destacando-se assim as 1.076 detenções de agressores e as 949 armas apreendidas durante estas operações.

"Neste âmbito, a GNR tem vindo a reforçar as campanhas de sensibilização e a apostar em ações específicas de formação do seu efetivo", frisa a GNR. "A GNR conta com militares que possuem formação especializada no apoio a vítimas vulneráveis, dispondo ainda de Núcleos de Investigação de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE), que são responsáveis pelos crimes de maior complexidade", informa.

E explica. "Os NIAVE são especialmente orientados para casos que envolvem vítimas particularmente vulneráveis, como crianças, mulheres e idosos, garantindo assim uma intervenção qualificada e adequada às especificidades de cada caso. A GNR procura, assim, assegurar uma resposta eficaz e humana, reforçando a sua missão na prevenção, acompanhamento e investigação do crime de violência doméstica. Existem em funcionamento na GNR, a nível nacional, um total de 347 Salas de Atendimento à Vítima."

Assim, feitas as contas, "no presente ano, os 137 militares que integram os NIAVE concluíram a investigação de 3.810 processos relacionados com violência doméstica. Durante o ano 2022, na área de responsabilidade da GNR, foram registados 14.636 crimes de violência doméstica, tendo sido detidas 1.509 pessoas. Em 2023, foram registados 14.825 crimes de violência doméstica e efetuadas 1.588 detenções", destacando-se assim o aumento de crimes e detenções no ano passado. Este ano, "até 30 de Setembro, foram registados 11.076 crimes (dados provisórios) de violência doméstica e foram detidas 1.074 pessoas (dados provisórios)", refere, faltando assim 3 meses para fechar estes números, aparentemente menos gravosos.

"Relativamente à apreensão de armas no âmbito deste tipo de crimes, até ao dia 30 de Setembro de 2024, a Guarda apreendeu 949 armas no âmbito destas investigações, sendo que em 2023 foram apreendidas 1.131 armas e em 2022 foram apreendidas 1.073 (dados provisórios)", acrescenta, denotando-se aqui um potencial aumento.

"Adicionalmente, no corrente ano, a Guarda realizou dois Cursos de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (CIAVE), tendo sido formados 310 militares, os quais desempenham funções nos NIAVE ou nas SI", acrescenta, concluindo a nota de imprensa, realçando que "o impacto deste crime não se circunscreve apenas às vítimas diretamente envolvidas, afetando também as famílias e a sociedade no seu conjunto, sendo, também por isto, uma prioridade para a Guarda a prevenção e o combate deste tipo de crime".