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Bashar al-Assad diz ser prioritário regresso seguro de refugiados sírios no Líbano

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O presidente da Síria, Bashar al-Assad, recebeu ontem o ministro das Relações Exteriores da Jordânia a quem transmitiu que a prioridade do país é garantir o regresso seguro dos refugiados sírios no Líbano, que querem escapar aos ataques israelitas.

Segundo a agência de notícias oficial da Síria, SANA, durante a reunião, em Damasco, Bashar al-Assad sublinhou que "garantir os requisitos para o regresso seguro dos refugiados sírios é uma prioridade para o Estado sírio".

"A Síria registou progressos significativos nos procedimentos de apoio ao regresso, especialmente no que diz respeito ao ambiente jurídico e legislativo necessário", afirmou Bashar al-Assad ao chefe da diplomacia da Jordânia, segundo um comunicado da SANA.

De acordo com um relatório do Ministério de Saúde Pública libanês, entre 23 de setembro a 17 de outubro, a segurança geral libanesa registou a passagem de 333.893 cidadãos sírios e 132.074 cidadãos libaneses para o território sírio, o que implica a saída de quase meio milhão de pessoas do Líbano, na sequência dos ataques israelitas.

A Síria encontra-se atualmente no décimo terceiro ano de guerra civil. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) serão 16,7 milhões de pessoas que necessitam de ajuda humanitária em território sírio.

Além de abordarem a situação dos refugiados sírios no Líbano e o seu possível regresso ao país, assim como a escalada de violência na região, Bashar al-Assad discutiu as formas de melhorar as relações bilaterais entre a Síria e a Jordânia.

O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, reiterou o apoio do reino haxemita para ajudar no regresso dos refugiados sírios.

No final do mês passado, Israel lançou uma intensa campanha aérea contra o Líbano e incursões terrestres, após quase um ano de trocas transfronteiriças com o movimento pró-iraniano Hezbollah, na sequência da guerra em Gaza.

Pelo menos 1.454 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais, um número que pode, de facto, ser mais elevado dada a natureza fragmentária dos dados existentes.