Montenegro "enterrou de vez as reivindicações da Autonomia e dos madeirenses"
O líder do JPP considera que Luís Montenegro, "amigo ou ex-amigo de Albuquerque, enterrou de vez as reivindicações da Autonomia e dos madeirenses". O comentário de Élvio Sousa surge no seguimento da divulgação do Orçamento do Estado de 2025, que considera que se mostrou "uma verdadeira desilusão para as reivindicações dos madeirenses quanto aos compromissos com a República".
O também deputado à Assembleia Regional aponta algumas promessas que ficam por cumprir neste documento, nomeadamente "menos dinheiro do que o ano anterior, a ligação Ferry (que segundo Albuquerque seria assumida pela República), o pagamento dos subsistemas de Saúde, os meios aéreos de combate aos incêndios, o pagamento de apenas 86 euros nas viagens até ao Continente e a prorrogação do regime fiscal preferencial para Centro Internacional de Negócios da Madeira".
"Se haveria vontade, política e institucional, de reconhecer e de acautelar as reivindicações da Madeira não seria necessário mendigar pelo respeito pela Autonomia nas reuniões da especialidade. Essa é a verdade", considera Élvio Sousa, acrescentando que "a verdadeira natureza de Montenegro está naquilo que disse e que agora ignora e olvida".
Na Festa do Chão da Lagoa, em Julho de 2022, falou de uma “Autonomia mais desenvolvida” e que estaria disposto para fazer os possíveis “a bem da Madeira e Porto Santo”. Tudo palavras ao vento! Uma vez investido no cargo esquece rapidamente o que prometeu. Cai, também, a apregoada e difundida tese de que os governos da mesma cor política são benéficos para as regiões. Montenegro nesse Julho quente de 2022 alertava para o respeito das vontades autonómicas: “que não hajam governos regionais ao sabor das vontades dos governos centrais para terem mais meios para fazerem o seu trabalho” (sic). Dois anos passados, inverte o que disse, e sobrepõe a vontade do centralismo às necessidades das regiões. Élvio Sousa
O parlamentar aponta o dedo a Pedro Coelho, deputado à AR eleito pelo PSD, por ter dito que "se «tratava de um bom Orçamento para a Madeira, que precisa de aprimoramentos na especialidade»".