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Madeira

ADN pergunta pelos contornos do ataque informático ao SESARAM ocorrido há mais de um ano

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O partido ADN veio a público esta quarta-feira dizer que "estranha o facto de que passado mais de um ano desde o ataque informático a 6 de Agosto 2023 à base de dados do SESARAM – EPERAM, até ao dia de hoje os madeirenses e porto-santenses ainda não saibam ao certo o que realmente sucedeu e quem teve acesso à informação que lá estava, isto à revelia do Artº 8 da 'Carta dos Direitos Fundamentais da UE', onde estipula que todas as pessoas da União Europeia têm o direito à protecção dos seus dados pessoais".

O ADN-Madeira diz lamentar que o tema “listas de espera” só tenha importância de muito relevo aquando das campanhas eleitorais, "visto que os deputados depois de eleitos para a ALRAM esquecem-se deste importante problema de saúde pública regional, que nos dias de hoje ainda permanece sendo uma incógnita para os utentes respectivos".

O partido considera grave o facto de que tenha havido “roubo” de dados pessoais referentes a toda a população da RAM e não haja responsabilização sobre quem deveria proteger essa informação e lembramos a “Política de Privacidade” do SESARAM no seu ponto 7, alínea c) que refere o seguinte... “O titular dos dados tem ainda o direito de apresentar reclamação a uma autoridade de controlo, ou o direito à acção judicial contra a autoridade de controlo ou o responsável pelo tratamento ou subcontratante, nos termos previstos no artigo 77.º, 78 e 79.º do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados”.

Imaginemos se todos os madeirenses e porto-santenses tivessem a coragem de processar judicialmente o SESARAM - EPERAM pela má gestão da sua informação pessoal? ADN

O ADN lembra que, a 11 de Agosto, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, declarou que não cedia a chantagista, mas recusou-se a revelar o montante de resgate exigido pelos 'hackers' e desde então nunca mais se soube nada sobre esse assunto, "ninguém foi responsabilizado ou demitido, muito menos sabemos se toda a informação foi recuperada, ou se as aquelas estranhas chamadas telefónicas internacionais que ocasionalmente recebemos não estão directamente relacionada com esta fuga de informação".

O ADN-M recorda ao secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, "a sua célebre declaração" destinada à oposição política da RAM, aquando da vitória do seu partido nas últimas eleições Legislativas Regionais a 26 de Maio, “anormais, incompetentes e canalhas que não têm lugar nesta terra” e questiona se a imunidade parlamentar que beneficia o governante também o protege de ser responsabilizado pelos "graves erros governativos ao longos de vários anos, que em muito prejudicam os madeirenses e porto-santenses".