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Madeira

"Cerca de 23% das profissões vão ser alteradas"

Sara Estudante Relvas, presidente do Instituto para a Qualificação, realça que algumas nem sabemos que ainda existem

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Foto Hélder Santos/ASPRESS

Sara Estudante Relvas, presidente do Instituto para a Qualificação da RAM, apresentou dados muito interessantes sobre a evolução do emprego e qualificações dos madeirenses, e as necessidades actuais e presentes, muito centradas nas áreas tecnológicas. Num estudo que apresentou, concluiu-se que "cerca de 23% das profissões vão ser alteradas, algumas nem sabemos que ainda existem", disse.

Como pessoa que teve o seu primeiro contacto com o telemóvel, mas nunca pensou depender tanto, tal como quase todos os oradores da conferência da 3.ª Feira do Emprego na CMF, Sara Relvas realça que temos uma população cada vez melhor qualificada, quase 90% dos alunos frequenta ensino secundário e quase 38% entra no ensino superior. "A transformação na educação e formação demora décadas a produzir resultados, por isso apesar dos avanços, ainda temos uma estrutura laboral com baixa qualificação", disse.

A responsável disse, alias, acreditar que "em 10 anos iremos atingir números satisfatórios", revertendo séculos de baixas qualificações, embora a evolução assinalável das últimas décadas.

Apresentado um estudo sobre as competências formativas, que vai ser actualizado em 2025, Sara Estudante Relvas realça que as áreas estratégicas de formação são o turismo, o ambiente, recursos naturais e qualidade de vida, a transição digital, a saúde e bem-estar, a agricultura, alimentação e agroalimentar e, ainda, o mar, oceano e economia azul…

Quando as competências digitais são cada vez mais uma exigência dos empregadores, lembrando pois que, segundo um estudo do Fórum Económico Mundial, "cerca de 23% das profissões vão ser alteradas, algumas nem sabemos que ainda existem", acrescentou que "entre as 10 competências para o mercado do trabalho a nível europeu, várias são da área tecnológica. Na RAM, foram identificadas as competências médias e superiores que poderão ser empregáveis nos próximos 5 anos, algumas delas ligadas às tecnologias", concluiu.