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A Guerra Mundo

Zelensky alega que 10.000 militares norte-coreanos estão a caminho para ajudar Rússia

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O Presidente da Ucrânia avançou hoje que os serviços secretos do país identificaram 10.000 militares norte-coreanos preparados para apoiar a Rússia na ofensiva no território ucraniano, indicando, porém, que estes operacionais ainda estarão na Coreia do Norte.

Questionado sobre um anúncio que fez hoje de manhã em Bruxelas mas sem prestar esclarecimentos, Volodymyr Zelensky explicou que os serviços secretos ucranianos obtiveram informações de que o regime de Pyongyang vai enviar 10.000 militares para apoiar a ofensiva militar da Federação Russa no território ucraniano, iniciada há mais de dois anos e meio.

O Presidente ucraniano falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas (Bélgica).

Na conferência de imprensa, que antecedeu uma reunião do Conselho NATO-Ucrânia (órgão criado em julho de 2023 para aproximar Kiev da Aliança Atlântica), Volodymyr Zelensky disse que "ainda não há evidências de que esses soldados já estejam em território ucraniano ou russo".

"Estamos a validar essas informações e assim que soubermos se já chegaram vamos comunicá-lo", acrescentou.

Depois do fornecimento de armamento atribuído ao Irão, a presença de militares da Coreia do Norte significaria uma nova escalada no conflito, com um Estado terceiro a auxiliar Moscovo nas operações militares que desde 24 de fevereiro de 2022 estão em curso em várias partes do território ucraniano.

No Conselho NATO-Ucrânia, que se realizará ao nível ministerial de defesa, Zelensky vai apresentar em detalhe o "plano de vitória" que traçou para derrotar a Rússia.

O plano de Zelensky incide em cinco pontos, um dos quais propõe um convite para Kiev aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Durante hoje de manhã, Volodymyr Zelensky interveio na reunião do Conselho Europeu. Perante os líderes dos 27 países da União Europeia (UE), o chefe de Estado ucraniano defendeu que a aplicação do seu plano acabaria com a guerra no prazo de um ano.

Os outros pontos do plano incluem, por exemplo, a concretização das promessas de fornecimento de armamento, o financiamento suficiente para que o país recupere e reconstrua o que o conflito destruiu e a instalação no território ucraniano de meios de dissuasão não nucleares.