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Madeira

Daniel Mata assume as funções de director Regional de Veterinária e Bem-Estar Animal

Secretaria de Agricultura, Pescas e Ambiente cria direcção para enfrentar desafios no sector

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Daniel Mata é o novo director regional de Veterinária e Bem-Estar Animal. Uma nova direcção regional criada sob tutela da Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente para dar resposta a questões emergentes no campo da saúde animal e protecção dos direitos dos animais, segundo apurou o DIÁRIO.

Daniel Mata, médico veterinário de formação com mais de 20 anos de experiência no sector público e privado, assume agora a missão de liderar uma equipa que terá como foco a garantia do bem-estar animal em toda a Região, o fortalecimento da vigilância sanitária e a implementação de políticas de controle de doenças em populações animais, incluindo zoonoses — doenças transmitidas entre animais e humanos.

A criação da nova direcção regional “surge em um contexto de desafios crescentes para a área de veterinária e bem-estar animal.” A proliferação de doenças em populações animais, muitas vezes agravada pelas alterações climáticas, é uma das principais preocupações. O novo director regional destaca a necessidade de “reforçar os mecanismos de monitorização e resposta rápida a eventuais surtos de doenças, como também aumentar a conscientização pública sobre os direitos dos animais. Daniel Mata frisa a importância de criar políticas de protecção e bem-estar animal mais eficazes, que abarquem desde a regulamentação de condições de criação e transporte de animais até acções de combate ao abandono e aos maus-tratos.

“A nossa missão não é apenas garantir a saúde animal, mas também promover uma convivência equilibrada entre humanos e animais. Queremos trabalhar com as comunidades, entidades de protecção animal e agricultores para encontrar soluções sustentáveis e humanas”, afirmou o novo director regional.

Sobre a criação de uma carreira específica de médico veterinário na Região Autónoma da Madeira, Daniel Mata enfrenta o desafio de alinhar as necessidades locais com as exigências da profissão a nível nacional. “Actualmente, a falta de uma estrutura de carreira própria tem dificultado a valorização e fixação destes profissionais, essenciais para a vigilância sanitária e o bem-estar animal. Para além disso, a insularidade da Madeira requer uma adaptação às particularidades regionais, como o controle de zoonoses e a gestão de populações animais, o que torna fundamental o estabelecimento de um quadro de progressão na carreira que incentive a permanência e o desenvolvimento contínuo dos veterinários”, sublinha.