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Investigadora cria processo que permite uso prolongado da cortiça nos automóveis

Foto Shutterstock
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Uma investigadora da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveu "um processo inovador" que estabiliza as características naturais da cortiça e permite a sua utilização prolongada no interior de automóveis, foi hoje revelado.

"Devido à existência de um forte interesse no mercado em utilizar materiais sustentáveis, a cortiça assume um papel de destaque pelas suas diversas características, mas que, até agora, não podiam ser utilizadas no ramo automóvel, por ser um material que descolora rapidamente sob a ação de luz solar", salienta a FEUP.

Em comunicado, a faculdade esclarece que o processo criado pela investigadora Rita Almeida estabiliza as características naturais da cortiça, fazendo que com que não perca a coloração e melhore o seu desempenho em termos de proteção à radiação ultravioleta e envelhecimento térmico.

"Esta tecnologia fornece proteção solar à cortiça através da pigmentação da mesma com nanopartículas de hematite", afirma a FEUP, acrescentando que a solução já foi patenteada.

A dissertação de mestrado foi realizada em ambiente empresarial na TMG Automotive, em Famalicão, tendo resultado da investigação "um acordo de partilha e exploração para o patenteamento da solução desenvolvida".

"A tecnologia e a qualidade devem andar de mãos dadas, pelo que existe um enorme interesse em melhorar e adaptar a qualidade dos seus produtos, apostando fortemente na investigação e desenvolvimento de novos materiais e técnicas", afirma, citada no comunicado, Rita Almeida, referindo-se à empresa.

A dissertação de mestrado contou com a orientação de Adélio Mendes, Professor Catedrático de Engenharia Química na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.