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A Guerra Mundo

Zelensky insta aliados ocidentais a convidarem já Kiev para a NATO

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou hoje os seus aliados ocidentais a convidarem Kiev a aderir à NATO, como parte do seu "plano de vitória" para pôr fim à guerra com a Rússia.

"O primeiro ponto é um convite imediato para a NATO" (sigla inglesa de Organização do Tratado do Atlântico Norte), defendeu num discurso feito perante o parlamento ucraniano para apresentar o "plano da vitória" contra a Rússia.

"De agora em diante [o Presidente russo, Vladimir) Putin, tem de perceber que os seus cálculos geopolíticos fracassaram", afirmou Zelensky, que rejeitou por completo mudar as fronteiras do país como forma de acabar com o conflito.

"A Rússia vai perder a guerra contra a Ucrânia. Não pode haver um 'congelamento' [da frente]. Não pode haver qualquer troca relativamente ao território da Ucrânia ou à sua soberania", garantiu o chefe de Estado ucraniano na apresentação do "plano da vitória".

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, argumentando que queria defender as comunidades russófonas do território, defendendo que fazem parte da Rússia, mas sobretudo porque Putin queria evitar uma aproximação entre Kiev e a Aliança Atlântica.

A entrada na NATO significaria que a Ucrânia passaria a fazer parte do pacto de defesa mútua da aliança militar liderada pelos Estados Unidos, que determina que um ataque a um membro é considerado um ataque a todos.

Ainda assim, o processo de adesão pode levar anos, pelo que o compromisso poderia não ser aplicado de imediato.

Zelensky já tinha avançado, nas últimas semanas, que um convite antecipado da NATO faz parte do seu "plano de vitória", argumentando que precisa de aderir à aliança para se proteger contra qualquer futura agressão russa.

A NATO já tinha admitido que a Ucrânia se juntará à organização, mas avisou que Kiev só pode aderir quando não estiver em guerra e recusou estabelecer um calendário para a adesão.

No seu discurso ao parlamento, Zelensky rejeitou a possibilidade de ceder qualquer território à Rússia ou aceitar um "congelamento" na linha da frente, sublinhando que Moscovo vai perder a guerra iniciada em fevereiro de 2022.

"A Rússia vai perder a guerra contra a Ucrânia. Não pode haver um 'congelamento' [da frente]. Não pode haver qualquer troca relativamente ao território da Ucrânia ou à sua soberania", defendeu num discurso feito perante o parlamento ucraniano para apresentar o "plano da vitória".

O plano, adiantou ainda, será apresentado na cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, marcada para quinta e sexta-feira, onde Zelensky estará presente a convite do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

"Amanhã [quinta-feira] apresentarei publicamente o plano de vitória numa reunião do Conselho Europeu", disse.

O Presidente ucraniano está, hoje de manhã, a apresentar ao parlamento o seu "plano de vitória" da guerra, depois de ter abordado os seus aliados ocidentais para os convencer a ajudá-lo a pôr em prática o plano para derrotar a Rússia.