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Homem resgatado após mais de dois meses à deriva num bote em mar da Rússia

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Um homem foi encontrado com vida após ter passado mais de dois meses à deriva num barco insuflável nas águas do mar de Okhotsk, no extremo oriente russo, num incidente que causou dois mortos.

Imagens divulgadas na terça-feira pelas autoridades judiciais russas mostraram um homem barbudo com um colete salva-vidas cor de laranja, enrolado num cobertor no seu barco insuflável, à espera da aproximação dos socorristas.

Em 09 de agosto, dois homens e um adolescente de 15 anos, filho de um deles, partiram num barco tipo catamarã Baikat 470" com destino à região de Khabarovsk, na ilha de Sacalina.

Pouco depois, perderam o contacto, embora ainda não sejam ainda conhecidas as causas para a ocorrência.

O barco mede 4,7 metros de comprimento e 2,2 metros de largura, segundo o 'site' da concessionária.

Só no dia 14 de outubro o barco foi encontrado nas águas do mar de Okhotsk, a cerca de 1.000 quilómetros do ponto de partida, na costa de uma aldeia na península de Kamchatka.

O único sobrevivente, que de acordo com as autoridades russas continua a receber tratamento médico, foi encontrado por um navio de pescadores chamado "Anjo".

Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, o sobrevivente é Mikhail Pichugin e o seu irmão, Sergei, de 49 anos, e o seu sobrinho Ilia, de 15, morreram no barco, onde ainda se encontravam os seus corpos no momento do resgate.

"O sobrevivente está em estado grave, emagrecido, mas consciente", contou Alexei Arykov, capitão do barco de pesca que o salvou, à Ria Novosti.

"É uma espécie de milagre", comentou a mulher do sobrevivente, Ekaterina, ao mesmo meio de comunicação, acreditando que o excesso de peso do marido o poderá ter salvo.

"Ele pesava cerca de 100 quilos", revelou, enquanto os 'media' russos afirmam que o homem pesa agora 50 quilos.

Mikhail Pichugin trabalhava como motorista na ilha de Sacalina e convidou o irmão e o sobrinho a visitá-lo, de acordo com o tabloide Komsomolskaya Pravda, que cita fontes familiares que disseram que o trio tinha planeado uma excursão marítima para ver baleias.

Foi aberta uma investigação por violação das regras do transporte marítimo que levou à morte de duas pessoas de forma imprudente, acrescentaram as autoridades judiciais.