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Israel prometeu aos EUA não atacar instalações nucleares ou petrolíferas do Irão

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Israel assegurou aos Estados Unidos que não atingirá as instalações nucleares ou petrolíferas iranianas, segundo dois altos funcionários da administração Biden ouvidos pela agência de notícias Associated Press.

Os dois funcionários consideram que o envio de uma bateria de defesa aérea de alta altitude para Israel, com cerca de 100 soldados para a operar, aliviou algumas das preocupações de Israel sobre possíveis retaliações iranianas.

O Pentágono anunciou no domingo a instalação do equipamento para ajudar a reforçar as defesas aéreas de Israel na sequência dos ataques com mísseis balísticos do Irão contra Israel em abril e outubro, um processo autorizado pelo do Presidente Joe Biden.

No entanto, os responsáveis americanos advertiram que as garantias de Israel não são rígidas e que as circunstâncias podem mudar, como aconteceu no passado.

Recentemente, funcionários americanos foram informados pelos seus homólogos israelitas que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acolheria de bom grado uma iniciativa de cessar-fogo temporário no Líbano, liderada pelos EUA e pela França, mas Israel lançou um ataque aéreo que matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, dois dias depois.

O gabinete de Netanyahu afirmou em comunicado que registou "as opiniões dos Estados Unidos" mas decidiu tomar as "decisões finais com base nos interesses nacionais" de Israel.

Entretanto, os secretários da Defesa, Lloyd Austin, e de Estado (Negócios Estrangeiros), Antony Blinken, avisaram os seus homólogos israelitas, numa carta datada de domingo, de que devem aumentar a quantidade de ajuda humanitária autorizada a entrar em Gaza nos próximos 30 dias.

Caso contrário, avisaram, Israel arrisca-se a perder o acesso ao financiamento de armas dos EUA.

O Médio Oriente tem estado a preparar-se para uma resposta esperada de Israel, depois de o Irão ter lançado cerca de 180 mísseis balísticos a 1 de outubro, que os Estados Unidos ajudaram a afastar.

A ofensiva de Israel contra os militantes do Hamas apoiados pelo Irão em Gaza expandiu-se para uma invasão terrestre do Líbano visando o movimento xiita Hezbollah, que tem disparado contra Israel desde o início do conflito em Gaza.

Biden afirmou que não apoiaria um ataque de retaliação israelita a locais relacionados com o programa nuclear de Teerão e instou Israel a considerar alternativas para atingir o setor petrolífero iraniano.

Um ataque deste tipo poderia afetar o mercado mundial do petróleo e fazer subir os preços, pouco antes das eleições presidenciais nos EUA.