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Hezbollah acusa Israel de usar munições de fragmentação

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Foto EPA

O Hezbollah acusou hoje o Exército israelita de usar munições de fragmentação, proibidas internacionalmente, e anunciou novo ataque com 'rockets' contra a cidade de Safed e contra uma base militar no norte de Israel.

O grupo xiita libanês Hezbollah garantiu ter atingido três tanques e uma escavadora israelitas em aldeias fronteiriças no sul do Líbano, bem como ter disparado 'rockets' dirigidos a território israelita.

Este ataque surge depois de o Hezbollah ter informado que o Exército israelita utilizou projéteis carregados com munições de fragmentação - proibidas internacionalmente - contra pelo menos três zonas localizadas no sul do Líbano, um dos principais focos da campanha de bombardeamentos de Israel.

O Hezbollah indicou que as áreas de impacto foram Wadi al Hujayr, Jallet Raj e uma área florestal localizada a leste da cidade de Alman.

De acordo com a Human Rights Watch (HRW), as bombas de fragmentação são proibidas em todo o mundo porque causam danos imediatos e a longo prazo aos civis, deixando um rastro de munições não detonadas que funcionam como minas terrestres durante anos.

O Hezbollah denunciou que a utilização destas armas por Israel demonstra "o seu flagrante desrespeito por todos os acordos, normas e leis internacionais, especialmente em tempo de guerra".

"Apelamos às autoridades competentes do Líbano e às organizações internacionais humanitárias e de direitos humanos para que condenem este crime hediondo em todos os padrões, especialmente tendo em conta os seus efeitos negativos de longo alcance sobre os civis", acrescentou o movimento xiita, num comunicado.

Organizações como a HRW e as autoridades libanesas já denunciaram anteriormente o uso de armas proibidas por Israel, como o fósforo branco, substância que quando exposta ao oxigénio provoca uma reação química capaz de causar queimaduras graves que podem penetrar até aos ossos.