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Madeira

CDS acusa Cafôfo de querer "esconder as divergências internas" do PS com críticas

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O PS criticou esta terça-feira, 15 de Outubro, aquela que considera ser uma "postura demagógica" do líder do CDS Madeira, José Manuel Rodrigues, que afirmou, na na abertura do IV Fórum Regional de Combate à Pobreza, que a riqueza criada na Madeira não está a ser distribuída de forma socialmente justa. Em resposta, os centristas acusam o partido socialista de "continuar a dormir à sombra da bananeira" e de "não se afirmar nem como oposição nem como alternativa".

Em nota emitida, o partido liderado por José Manuel Rodrigues faz uma análise às acusações de Paulo Cafôfo: "Numa manobra de diversão para esconder as suas divergências internas, o líder do PS vem criticar o Presidente do CDS e Presidente da Assembleia Legislativa pelo facto de este dizer que “a riqueza criada na Madeira não está a ser distribuída de forma socialmente justa”. Uma afirmação que tem vindo a fazer desde há muito tempo e que só quem anda distraído na política digital, dos likes e das selfies, não consegue ouvir e registar". 

PS critica "postura demagógica" de José Manuel Rodrigues

Em causa declarações na abertura do IV Fórum Regional de Combate à Pobreza

Não deixa de ser estranho que o PS lance críticas a quem olha para a realidade e propõe medidas para reduzir a pobreza na Região. Não é de hoje que o Presidente do CDS e Presidente do Parlamento refere a necessidade de fazer refletir na vida das pessoas o crescimento económico registado na Região. CDS

O CDS aponta que "foi por proposta do CDS e de outros partidos, que não o PS, que ficou inscrito no Orçamento regional deste ano a descida da taxa reduzida do IVA de 5 para 4 % já em prática nos bens essenciais, a diminuição de 30 por cento do IRS até o quinto escalão, o aumento do Complemento Solidário do Idoso e a atribuição de medicamentos gratuitos para os idosos de baixas pensões e a obrigatoriedade de o Governo Regional negociar um Salário de Referência para os Jovens Licenciados, no Conselho Económico e de Concertação Social, entre outras medidas para aumentar os rendimentos dos madeirenses". 

"Do PS só vimos demagogia que nem dois Orçamentos regionais conseguiriam suportar, com redução drástica da receita e grande aumento da despesa", responde o partido de José Manuel Rodrigues.

O que o CDS se recusa a fazer é propor demagogicamente uma descida, de uma só vez, de 30 por cento do IVA, nas taxas intermédia e normal, que poria em causa o equilíbrio orçamental, reduzindo a receita necessária para pagar as políticas públicas como a Educação ou a Saúde. O CDS continuará a pugnar por uma descida progressiva do IRS em todos os escalões, em 30 por cento, até o final da Legislatura e por uma baixa do IVA, também gradual, em 30 por cento nas taxas intermédia e normal. CDS

A estrutura política afirma que "manterá o seu sentido de responsabilidade, mas nunca abdicará de defender os seus princípios, nem teme dizer a verdade sobre a pobreza na Região e garantir que não é aceitável ter 15 por cento de pessoas que trabalham em situação de pobreza".

"É por isso que defendemos uma redução de impostos e um aumento real dos salários, mas sempre de forma realista e sem pôr em causa as contas públicas", pode ler-se na nota emitida.