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Orçamento do Estado Madeira

PS considera que "corte de verbas do OE para a Madeira reflecte incapacidade negocial e descrédito do Governo Regional"

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Os deputados do PS-Madeira eleitos à Assembleia da República República criticaram, hoje, o corte de 33 milhões de euros do próximo Orçamento do Estado (OE) para a Região, comparativamente ao presente ano. Os socialistas denunciam que Miguel Albuquerque enganou os madeirenses ao não ter conseguido introduzir no documento nenhuma das promessas eleitorais que havia feito.

Sofia Canha, através de conferência de imprensa, considerou que a situação decorreu da incapacidade do presidente do Governo Regional em negociar com o Governo da República "da mesma cor política do Regional" e, por outro lado, do descrédito do executivo madeirense.

“O Governo Regional tem uma crise de credibilidade”, afirmou a parlamentar socialista, apontando o facto de metade do elenco governativo estar a braços com os tribunais, devido aos casos de corrupção que têm sido amplamente noticiados, quer a nível regional, quer nacional. “Estes ecos a nível nacional com certeza que depois têm também consequências nessa credibilidade do Governo, que é importante para a negociação do OE”, observou.

A socialista apontou ainda a instrumentalização da administração pública na Região, as perseguições e as atitudes anti-democráticas, que considera ser situações que “não abonam em favor do Governo Regional, para que tenha uma capacidade negocial com o crédito que deve ter para estas matérias tão importantes para a Região”. Com tudo isto, lamentou, quem perde são a Madeira e os madeirenses.

Sofia Canha concluiu que, quando o PSD governa a República, “a Madeira tem sempre menos dinheiro”. “Um Governo da República do PS não só é bom para o País, como é melhor para a Madeira”, afirmou, evidenciando que, com os Executivos socialistas, a Região “tinha sempre orçamentos maiores e mais substanciais do que aqueles que são apresentados pelo Governo da República quando é liderado pelo PSD”.

Tendo em conta o orçamento mais curto, a deputada indica que o Governo Regional não consegue chegar às suas próprias promessas eleitorais, nem, acima de tudo, às necessidades prementes dos madeirenses. “A propaganda política deste Governo cai toda por terra, porque não teve a capacidade de vincar as necessidades da Região perante um Governo que é da sua cor política a nível nacional”, terminou.