Homem condenado a 21 anos de prisão por "alta traição" à Rússia
Um residente de Sebastopol, na Crimeia ucraniana anexada por Moscovo, foi condenado na Rússia a 21 anos de prisão por "alta traição" a favor da Ucrânia, anunciaram hoje os serviços de segurança russos (FSB).
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os julgamentos por "sabotagem", "traição", "terrorismo" ou "espionagem" -- que geralmente acarretam penas pesadas -- aumentaram como forma de limitar os protestos.
Segundo a filial regional do FSB, um homem de Sebastopol terá sido recrutado pelos serviços especiais ucranianos (SBU) em 2022.
Foi agora considerado culpado por alegadamente ter transferido para a Ucrânia informações sobre a localização de unidades militares russas em Sebastopol, porto de origem da Frota do Mar Negro da Rússia, segundo citam agências de notícias russas.
Os investigadores acreditam que o homem, cuja idade não foi revelada, também se preparava para incendiar um edifício administrativo desta cidade e realizou formação para o efeito, antes de ser detido pelo FSB.
Por estas razões, o Tribunal Militar Regional do Sul, em Rostov-on-Don (sul), condenou-o a 21 anos de prisão, afirma o comunicado de imprensa do FSB.
Desde que o ataque russo na Ucrânia começou, há mais de dois anos e meio, milhares de pessoas foram sancionadas, ameaçadas ou presas na Rússia devido à sua oposição ao conflito.