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Madeira

Cruz Vermelha na Região “é uma força de retaguarda e de reforço para as necessidades da emergência”

António Marques, coordenador local de emergência da CVP

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A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) na região “é mais uma força de retaguarda e também de reforço para as necessidades da emergência”. A conclusão é de António Marques, coordenador local de Emergência da CVP, um dos oradores das Jornadas Cruz Vermelha – ‘A Linha da Frente na Visão do Operacional, a decorrer hoje e amanhã no auditório do Comando Operacional da Madeira, em São Martinho, Funchal.

À margem do evento onde abordou o papel do voluntariado na emergência pré-hospitalar, António Marques, já com 40 anos de experiência no socorro pré-hospitalar, considera que esta realidade na Região “é cada vez mais rápida e cada vez mais de qualidade. É lógico que isto implica o investimento que está a ser feito pelo Serviço Regional de Protecção Civil. Nós só podemos fazer bem se treinarmos muito e se estudarmos bastante. E esse o nosso papel, é ter capacidade de resposta”, reforça

Dá conta que a Cruz Vermelha na Madeira, actualmente “com cerca de 100 voluntários” é caso único no País em voluntariado. “Não há mais de um lado do país este modelo de funcionamento que é pro bono, é mesmo voluntariado. É também uma escola de vida, porque é também a forma de muitos dos nossos jovens se reverem no seu processo profissional futuro”.

Neste caso “o voluntariado de emergência pressupõe algo que do outro lado não é bem igual, porque requer muito treino, muita prática, muita dedicação. O voluntariado de emergência não é um voluntário que poderá fazer hoje e amanhã já não faz. O grau de dedicação não se compadece com o facto de ser pro bono. Eu digo que nós somos voluntários na remuneração, porque é pro bono, mas temos de ser muito profissionais no empenho e na capacidade de desembaraço perante as realidades que vamos tendo. E isto às vezes é que faz com que haja por parte da juventude alguma resistência”, considera, referindo-se à notória redução de candidatos para abraçar a causa.

Prova disso é a CVP estar a preparar nova escola de formação a arrancar ainda este ano, em Novembro, e até à data ter “cerca de 40 inscritos, que é um pouco abaixo da média que costuma ser, mas o que tem de bom é que eles já sabem o que vem, porque enquanto no passado as inscrições eram abertas a todo o cidadão e pensavam que se calhar iam ser remuneradas, agora os candidatos já sabem que vêm é dar o seu tempo à comunidade.

É isso que nós pedimos: tempo e empenho”, sublinha.

A próxima escola de formação de voluntários para a CVP, a decorrer ao longo de três meses, deve arrancar a 2 de Novembro. Seguem-se Depois dois meses de estágio antes de passarem a socorristas.