O voo da Esperança – (poema revisitado)

1 de Outubro … Dia Mundial do Idoso.

Um dia, não muito distante no tempo, sonhei que voava. Era um pássaro de várias cores em que o verde era rei. Voava em direcção a um porto de abrigo onde vivia a luz da cor da prata e do ouro das minhas asas.

Meu rumo era em direcção a um mundo que eu acreditava ser de muita PAZ, AMOR e GRATIDÃO. O meu horizonte era o coração de cada ser humano e eu queria-o, muito límpido e bem longe do que faz doer a alma, tão sedenta da água pura que jorra das nascentes que, de graça, o Criador nos dá.

Eu voava cada vez mais alto em direcção a essa meta que eu não queria imaginária, mas real.

Passou o dia e a noite caiu de mansinho.

Procurei abrigo nos ramos de um velho eucalipto, vaidosamente erguido para o Alto e ornado de pequenas flores lilases.

Já de manhãzinha, quando acordei, cansado de sonhar, desenrolei as minhas asas, espreguicei-me e olhei ao longe.

Vi rostos tristes e olhares embaciados por lágrimas, também elas, de dor e desânimo.

Fiquei muito triste, numa tristeza de pássaro. Não era este o horizonte que eu procurava. O meu voo era de Esperança, não de mágoa e desilusão.

Abri as asas e lancei-me nos ares, rumo a um mundo que eu ainda acredito ser de Paz e Gratidão, onde os homens em vez de construírem armas onde a morte se produz, semearem sementinhas de muita PAZ, GRATIDÃO e AMOR.

Tu, Amigo/ a que me lês, faz também a tua parte. Ajuda-me na sementeira e vamos aguardar tal qual o semeador.

Obrigada e um abraço de muita Esperança.

Graziela Camacho