Montenegro diz que vai apresentar ao PS "proposta irrecusável" à luz do interesse nacional
O primeiro-ministro e líder do PSD afirmou hoje que irá apresentar "aos partidos e em particular ao PS" uma proposta que classificou de irrecusável, à luz de princípios como o interesse nacional, a boa fé ou a responsabilidade.
"A partir daí, cada um assume as suas responsabilidades", avisou Luís Montenegro, na sessão de encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP centradas no Orçamento do Estado para 2025.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se pela primeira vez para negociar o Orçamento do Estado para 2025, num encontro que terminou com posições aparentemente distantes mas sem rutura do processo negocial.
Depois do final da reunião, o secretário-geral do PS afirmou que recusa um Orçamento do Estado com as alterações ao IRS Jovem e IRC propostas pelo Governo ou qualquer modelação dessas medidas.
Pouco depois, Luís Montenegro classificava de "radical e inflexível" a proposta de Pedro Nuno Santos, mas prometia que, esta semana, iria apresentar uma contraproposta aos socialistas numa "tentativa de aproximar posições".
"Comprometi-me, e vou cumprir, nós vamos apresentar aos partidos, mas em particular ao Partido Socialista, uma proposta que, à luz de princípios elementares de boa-fé, de lealdade, de responsabilidade, de primazia do interesse nacional, será uma proposta irrecusável", afirmou hoje.
E repetiu: "À luz da boa-fé, da lealdade, da responsabilidade, do sentido de interesse nacional, será uma proposta irrecusável".
O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS-PP somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.
Na prática, só a abstenção do PS ou o voto a favor do Chega garantem a aprovação do OE2025.