Venezuela tem 257 presos políticos e 9.000 pessoas com liberdade limitada
O número de presos por motivos políticos na Venezuela caiu em 19 no último mês, para 257 pessoas, após as libertações relacionadas com o acordo com os EUA para entrega de Alex Saab, segundo a ONG Fórum Penal (FP).
Os dados hoje divulgados pela FP, relativos a 08 de janeiro e divulgados na rede social X, indicam que todos os presos por motivos políticos são adultos e que "desde 2014 se registaram 15.812 detenções políticas" no país.
"Além dos presos políticos, mais de 9.000 pessoas continuam sujeitas arbitrariamente a medidas restritivas da sua liberdade", frisa.
Segundo o FP, 138 presos políticos já foram julgados e condenados, enquanto outros 119 continuam à espera de uma sentença.
Os dados sobre os presos políticos vão ser enviados à Organização de Estados Americanos (OEA) e ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), para a sua verificação e certificação, sublinha a ONG.
Em 20 de dezembro, pelo menos 19 presos políticos, incluindo sindicalistas e opositores, foram libertados pelas autoridades venezuelanas, juntamente com oito norte-americanos, no âmbito de um acordo com os EUA a troco da libertação empresário Alex Saab, que já está em Caracas.
Alguns dos oito norte-americanos detidos na Venezuela eram acusados de envolvimento numa tentativa para derrubar o Presidente Nicolás Maduro, em 2020.
Alex Saab foi detido em 2020 em Cabo Verde e extraditado para os Estados Unidos sob acusação de conspiração para cometer lavagem de dinheiro ligada a um esquema de subornos que alegadamente desviou 350 milhões de dólares (318 milhões de euros) através de contratos estatais para a construção de habitação económica para o Governo da Venezuela.