Clara Tiago dá exemplos concretos de mulheres assassinadas em crimes de violência doméstica
Madalena, Elisa, Teresa e Délia, foram os nomes lembrados por Clara Tiago para mostrar os casos concretos de mulheres, assassinadas pelos companheiros e ex-companheiros, na Madeira e no Porto Santo, nos últimos anos.
A deputada do PSD, uma das mais activas na defesa das mulheres vítimas de violência doméstica, fez uma intervenção que, pura e simplesmente, silenciou o plenário que ouviu, com particular atenção, os dados que apresentou sobre os crimes cometidos sobre as mulheres.
Clara Tiago descreveu uma "chaga social" que atinge mulheres de todos os níveis sociais e que não pode ser ignorada.
A deputada social-democrata recordou os números dos processos instaurados na Madeira, mais de 400 num ano, dos quais mais de 300 foram arquivados, sobretudo pela dependência das vítimas e dos filhos do agressor.
"É falso que as mulheres sofrem porque querem", afirmou Clara Tiago que deu exemplos de mulheres e crianças que, por total dependência do agressor, não se queixam ou, em tribunal, não falam.
Defende medidas de protecção das vítimas, nomeadamente o afastamento do agressor e a importância da denúncia dos crimes que, pela sua natureza, são públicos.