Borrell e Blinken abordam esforços para evitar escalada da guerra
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, abordaram, esta esta segunda-feira, num encontro na Arábia Saudita, os esforços para evitar a escalada da guerra da Faixa de Gaza.
"Encontrei-me com Blinken durante a minha visita a Arábia Saudita. Comparamos notas sobre nossas conversações na região e os esforços para reduzir a tensão", afirmou Borrell na rede social X.
Nesta nova deslocação ao Médio Oriente, os responsáveis centraram as suas conversações na contenção da escalada de tensão face às ameaças de um possível alargamento do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, que se iniciou a 07 de outubro.
Em particular, os chefes da diplomacia da UE e dos EUA manifestaram preocupação com os ataques dos rebeldes Huthi do Iémen no Mar Vermelho e com a intensificação do fogo cruzado entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
Outro ponto a merecer atenção foi como "aliviar a catástrofe humanitária" em Gaza e "reforçar o papel indispensável da ONU", segundo Borrell.
Antes da sua deslocação à Arábia Saudita, Borrell visitou o Líbano, enquanto Blinken tem mantido encontros com autoridades da Jordânia, Qatar e Emirados Árabes Unidos e deverá ainda visitar brevemente Israel, Cisjordânia e Egito.
Durante as suas reuniões, os representantes têm manifestado apoio a um Estado Palestiniano independente como solução para pôr fim não só à atual guerra em Gaza, mas também ao histórico conflito entre Israel e a Palestina.
"O caminho será difícil, mas não há alternativa à paz", disse Borrell após a sua reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas segue-se ao ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano de 07 de outubro que, segundo as autoridades israelitas, provocou cerca de 1.200 mortos.
Nesse mesmo dia, cerca de 250 pessoas foram raptadas, incluindo as cerca de 100 que foram libertadas em troca de prisioneiros palestinianos durante uma trégua registada no final de novembro.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, um pequeno território com cerca de 2,3 milhões de habitantes, controlado pelo grupo islamita palestiniano desde 2007.
Numa nova atualização do número de vítimas da ofensiva israelita, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, foram contabilizadas mais de 23 mil mortes, na sua maioria civis.