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United Airlines encontrou parafusos soltos durante verificações nos Boeing 737 MAX

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Foto AFP

A companhia aérea norte-americana United Airlines revelou hoje que descobriu parafusos mal apertados durante verificações nas portas 'seladas' dos Boeing 737 MAX 9, a mesma que foi arrancada durante um voo da Alaska Airlines.

A United possui a maior frota de 737 MAX 9, com 79 aeronaves, todas atualmente paradas enquanto passam por uma inspeção, determinada pela Administração de Aviação Civil dos EUA (FAA, na sigla em inglês).

"Desde que iniciamos as inspeções no sábado, fizemos descobertas que parecem estar relacionadas com problemas na instalação do painel de bloqueio das portas", adiantou a empresa em comunicado enviado à agência France-Presse (AFP).

"Por exemplo, parafusos que precisavam de ser apertados", acrescentou.

A 'selagem' de determinadas portas é uma configuração que a Boeing oferece aos seus clientes quando o número de saídas de emergência existentes já é suficiente em relação ao número de assentos da aeronave.

Além do 737 MAX 9, este dispositivo já existe em outros modelos da Boeing, nomeadamente no 737-900ER, lançado em 2006 e que não sofreu incidentes semelhantes desde então.

Esta sexta-feira, durante um voo da Alaska Airlines entre Portland, Oregon e Ontário, Califórnia, a porta esquerda 'selada' soltou-se da cabine em pleno voo, causando a despressurização da aeronave.

No sábado, a FAA pediu aos operadores dos 171 aviões MAX-9 com portas 'seladas' que os suspendessem do voo e conduzissem uma inspeção minuciosa.

Para cada aeronave inspecionada, a United indicou que está a retirar o painel que esconde a porta, retirar duas fileiras de assentos, verificar os pontos de fixação, abrir a porta e tomar quaisquer medidas corretivas, antes de substituir todos os elementos.

Também hoje, a empresa Aeromexico indicou que estava na "fase final de uma inspeção detalhada" e antecipou o regresso ao serviço dos seus 19 MAX-9 "nos próximos dias".

Em dezembro, a Boeing recomendou que as empresas equipadas com 737 MAX verificassem o sistema de controlo do leme, depois de uma companhia ter percebido que faltava uma porca num dos seus aviões.

Segundo a FAA, a Boeing também observou que uma porca estava mal aparafusa no mesmo local, numa aeronave que ainda não tinha sido entregue.