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Madeira

Há cada vez menos empresas madeirenses a pagarem a tempo e horas

Foto Shutterstock
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As empresas madeirenses estão a pagar cada vez mais tarde aos seus fornecedores, tendo a média de dias para cumprirem os compromissos comerciais fixado em 27,2 dias em Novembro de 2023 para 27,4 dias em Dezembro que, contudo, é igual à média do mesmo mês de 2022. O problema é que a agravar a situação, há cada vez menos empresas a pagarem a tempo e horas, situação sem paralelo no país.

Os dados que são divulgados mensalmente pela Informa D&B, especializada em informação sobre empresas e e instalada em Portugal há cerca de 118 anos, e revelam que as sociedades comerciais madeirenses estão na cauda do ranking nos dois indicadores.

Ou seja, tanto são as que demoram mais tempo a pagar, como fazem com que a Região seja a que tem menor percentagem de pagadores a tempo e horas dos contratos de fornecimento. No caso do tempo para pagar, é verdade que já foi bem pior, pois em Dezembro de 2019 demoravam, em média, mais de 34 dias para pagar, chegando a demorar quase 35 dias a pagar em Dezembro de 2020.

Ainda que fosse, provavelmente causado pela pandemia que criou diversos constrangimentos à economia regional, e nacional (também a nível do país, esse agravamento ocorreu), o certo é que na altura apenas 12% cumpriam os prazos de pagamento, significando que 88% (ou 88 em cada 100) não conseguiam pagar a tempo e horas os seus compromissos comerciais. A nível nacional apenas as empresas da Área Metropolitana de Lisboa (14,5%) tinham menor percentagem, sendo 'campeões' do cumprimento, as empresas da região Centro (16,7%).

Agora, em Dezembro de 2023, as percentagens de cumpridores aumentaram ligeiramente para 13,4% (mais 1,1 pontos percentuais), mas continuam as empresas madeirenses longe da média nacional, uma vez que as dos Açores, que têm um percentual mais próximo (14,1%), estão ainda longe (pioraram face a Novembro, com 16%, enquanto as da Madeira mantiveram os 13,4%).

Maior ainda a distância para as empresas algarvias, onde uma em cada cinco (20,0%) empresas paga a tempo e horas, situando-se as a região Centro nos 19,2%, da Área Metropolitana de Lisboa nos 18,6%, do Norte nos 17,8% e do Alentejo nos 17,3%.

A situação tem vindo a agravar ao longo do ano passado, depois de ter atingido um pico de 18,1% de empresas a pagar a tempo e horas em Dezembro de 2022, baixou ao mínimo deste período em Outubro de 2023 (13,1%). Isso, no espaço de 10 meses caiu 5 pontos percentuais. E, ainda assim, melhorou ligeiramente nos últimos dois meses do ano passado. Ainda assim, como já vimos, longe dos piores períodos, sendo que a percentagem mais baixa de cumpridores ocorreu em Agosto de 2019, quando apenas 10,6% das empresas pagava a horas aos fornecedores.

Já agora, no ranking das que demoram mais tempo a pagar, além do consistente primeiro lugar da Madeira nesse ranking indesejável, seguem-se as da Área Metropolitana de Lisboa (24,2 dias), Açores (22,9 dias), Norte (22,8 dias), Alentejo (22,7 dias), Centro (20,6 dias) e Algarve (20,4 dias), notando-se aqui que as empresas madeirenses demoram uma semana a mais a saldar os seus compromissos comerciais com a região que demora menos tempo a pagar.