IVA 0% e agora?
Foi a partir de sexta feira, dia 5/01/24 que acabou o IVA 0% e que incidiu sobre 46 produtos alimentares essenciais do habitual cabaz de compras. Durante o período correspondente a esta campanha governamental a inflação não parou, apenas abrandou porque, o que os comerciantes fizeram foi o jogo do costume; para compensarem as (eventuais) perdas, subiram outros produtos com particular incidência nos restantes bens essenciais. Veja-se por exemplo o azeite, cujo preço resultado de aumentos sucessivos, ficou praticamente inacessível aos consumidores de uma população mais vulnerável financeiramente. Ou seja: azeite (nalguns casos de qualidade e origem duvidosa) a um preço proibitivo, é claramente uma afronta ao consumidor comum. O que eu sugiro é que, analisem bem a origem e o preço/qualidade de todos os produtos que realmente necessitem. Comparem com a concorrência – apesar que na Madeira é pouca ou nenhuma - e comprem o estritamente necessário para o dia-a-dia. Façam sempre antes uma lista de compras, evitem ir com vontade de comer, e se puderem não levem crianças aos supermercados e, ou outras superfícies comerciais. Somos uma sociedade deliberadamente muito consumista e incorrigível o que, por vezes, nos leva a pensar que não ganhamos o suficiente (...). A forma mais assertiva e inteligente de gerir os rendimentos (quando os há), é evitar hipotecar das diferentes formas, a nossa vida.
Para terminar, será bom reflectir na seguinte palavra. Supérfluo: é tudo o que é excedente, ou seja, desnecessário. Conclusão: os gastos supérfluos são aqueles realizados com produtos ou serviços que não são essenciais para a sobrevivência humana.
Vicente Sousa