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Explicador Madeira

Saiba como adoptar uma condução defensiva

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Conduzir um carro ou uma mota permite, ao condutor, uma sensação de liberdade e independência, contudo é preciso ter atenção que as estradas podem ser imprevisíveis. Depois de um domingo marcado por diversos acidentes nas estradas da Madeira, saiba como adoptar uma condução defensiva e segura.

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Andreia Correia , 07 Janeiro 2024 - 10:27

Primeiro é preciso perceber o que é condução defensiva. O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) define como sendo uma condução que previne, evita e não provoca acidentes, independentemente das condições de circulação “inerentes à via, ao veículo e meteorológicas, e quaisquer que sejam os comportamentos dos outros utentes, condutores e peões”.

Esta condução obedece a um conjunto de regras e técnicas que permitem reduzir a sinistralidade. A atitude é “a componente principal e imprescindível para se efectuar uma condução segura, confortável e económica”, explica o IMT.

Neste sentido, o condutor deve adoptar uma atitude responsável e estar ciente dos riscos que corre independentemente do percurso, seja ele longo ou curto, rápido ou demorado, efectuado em boas condições ou em condições adversas. Há que ter consciência que mesmo utilizando o veículo habitual num percurso que faz todos os dias, existem variáveis que não são controláveis, nomeadamente a velocidade, a aderência, a visibilidade, o estado do condutor, o estado do veículo, o tráfego, a hora, as condições atmosféricas, entre outros aspectos.

“Mais de 90% dos acidentes têm como factor causal principal o condutor, pelo que temos de acreditar que é a ele, condutor, que cabe evitar os acidentes”, refere o IMT.

O segundo ponto a reter é preparar-se. Da preparação depende a segurança da viagem e esta passa não só pela manutenção do veículo, mas também do planeamento do trajecto.

No planeamento o condutor deve proceder a uma verificação a três níveis do percurso: Antes, ou seja verificar o estado do veículo, as condições do tráfego e atmosféricas, deve ainda ter em atenção as suas necessidades pessoais, nomeadamente o descanso, alimentação e necessidades fisiológicas, estudar e prever alternativas em caso de trânsito e outras condicionantes.

O segundo nível ocorre durante a condução, onde o condutor deve ter os meios necessários durante o percurso, tais como mapas, roteiros, números de emergência, equipamentos de intervenção em casa de avaria ou acidente, reabastecimento ou manutenção. Por fim, o terceiro nível diz respeito ao depois, como o local a estacionar.

Um outro mecanismo importante para a condução defensiva é a capacidade mental de prever os acontecimentos. A previsão baseia-se em dados e informações disponíveis no cenário rodoviário e na experiência, na memória e nos conhecimentos do condutor.

O condutor deve ter a capacidade de efectuar um raciocínio de causa-efeito acerca dos acontecimentos.

Para completar este raciocínio é necessário antecipar, este factor permite actuar antes de ser necessário. “Antecipação é um comportamento inerente à condução defensiva”, confirma o IMT.

Como medida defensiva, o condutor tem de dar a conhecer as suas intenções, demonstrando aos restantes condutores e utentes as manobras que pretende efectuar alguns segundos antes de realizá-las. “O hábito de sinalizar as manobras, mesmo quando não exista qualquer condutor nas proximidades, permite criar um automatismo saudável e seguro”.

Para garantir uma comunicação eficaz, o automobilista deve certificar-se que os outros o veem e entendem quais são as suas pretensões. “Para além dos sinais visuais, luminosos ou gestuais, pode, nalguns casos, fazer uso dos sinais sonoros. Faça-o sempre que, por motivo de perigo iminente, necessitar de estabelecer o contacto visual com outros condutores ou peões ou pretender que o vejam a si”, lê-se no documento do IMT.

Por fim, tenha em atenção à distância. A manutenção permanente de uma distância de segurança relativamente aos veículos à frente e à retaguarda. Ao garantir esta distância está também a caucionar o espaço de visibilidade, de acção e de reacção. “A distância de segurança, conforme indica o Código da Estrada, é o espaço disponível para imobilizar o veículo em segurança. Este espaço corresponde no mínimo ao tempo de reacção do condutor e na sua forma optimizada, deve corresponder à distância de paragem do veículo”, conclui o documento do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.