Propostas da oposição sobre o Teleférico do Curral das Freiras "são preconceituosas"
O presidente do Governo Regional da Madeira, que hoje esteve na tradição do Mega Bolo Rei em Câmara de Lobos, reagiu às propostas apresentadas por partidos da oposição sobre o projecto do Teleférico do Curral das Freiras, afirmando que "são preconceituosas" e explicou porquê.
Miguel Albuquerque frisou que as propostas do Bloco de Esquerda e da Iniciativa Liberal, que não demoveram a maioria parlamentar - PSD/CDS e deputada do PAN -, não foram um teste à coligação pós-eleitoral, porque aquele tipo de projecto, como outros em qualquer parte do mundo, "é um meio de transporte ecologicamente integrado, que não causa poluição sonora, que não emite gases com efeito de estufa e, por conseguinte, a solução de mobilidade dos teleféricos é adoptado na maioria dos parques naturais e reservas do Mundo".
E mais, frisou, "o que estamos a fazer é criar um polo de atractividade no Curral das Freiras, um investimento muito importante para a dinamização e complemento da oferta turística, para a criação de emprego, sem qualquer impacto do ponto de vista da paisagem, nem qualquer impacto do ponto de vista da poluição", reforçou. "Antes pelo contrário, vamos proporcionar aos madeirenses e a quem nos visita o acesso a uma vista privilegiada e a espaços que não são conhecidos, senão por meia dúzia de pessoas, que são dos mais bonitos da Madeira, como a Boca da Corrida. Alias, é preciso dizer que todos os procedimentos deste concurso foram escrupulosamente cumpridos, como tinham que ser, incluindo os estudos de impacto ambiental", concluiu.
O Mega Bolo Rei de Câmara de Lobos, ao qual acorreram muitas pessoas, teve de ser mudado da Praça da Autonomia para o Mercado Municipal, dadas as condições atmosféricas adversas.
Eleições são para ganhar
Questionado também sobre as eleições legislativas nacionais que vão ocorrer a 10 de Março, o presidente do Governo e também do PSD-Madeira, garante que o partido vai entrar, como sempre tem feito, para ganhar, mesmo porque, justificou, "os madeirenses percebem que a única força que está na Assembleia da República para defender, contra seja quem for, os interesses da Região, somos nós".
E continuou: "Nunca claudicamos, nem nunca nos subordinamos às injunções nacionais de qualquer partido desde que seja contra os interesses da nossa terra. E isso tem sido uma tradição reconhecida pelos eleitores, uma vez que desde a instituição da Autonomia nós sempre vencemos as eleições legislativas nacionais e nada aponta para que nas próximas eleições aconteça ao contrário."
Como desejo de ano novo, Miguel Albuquerque só quer que a Madeira continue a crescer economicamente como tem crescido, com "uma taxa de desemprego residual, com estabilidade política e progresso".
Congresso do PS é mais do mesmo
Sobre o 24.º Congresso Nacional que decorre em Lisboa, o governante disse que tem acompanhado muito pouco, porque na verdade, "não há nada de novo", uma mesma "fórmula", pelo que quem quer alternativa tem de votar na alternativa".
E exemplificou: "Nós já sabemos os resultados da governação desde há mais de 14 anos o Partido Socialista e todos nós sabemos quais são as consequências. Serviço Nacional de Saúde em decadência absoluta, com as pessoas a esperarem 8 e 9 horas nas urgências; os alunos sem aulas na escola pública, o que é uma catástrofe do ponto de vista da mobilidade social, porque os filhos dos ricos estão nas escolas privadas e não têm interrupção de aulas; os transportes estão em greves continuamente com prejuízo da mobilidade das pessoas; os jovens licenciados a emigrar e o país a empobrecer."