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EUA defendem que é preciso "fazer todos os possíveis" para evitar expansão da guerra

Foto SAUL LOEB / AFP
Foto SAUL LOEB / AFP

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse ontem, na Grécia, que é preciso "fazer todos os possíveis" para evitar que a guerra em Gaza se estenda a outros territórios, nomeadamente na fronteira de Israel com o Líbano.

"Devemos garantir que o conflito não se alastre. E uma das reais preocupações é a fronteira entre Israel e o Líbano", disse o chefe da diplomacia norte-americana, no final de uma reunião com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, em Chania (na ilha de Creta).

Antony Blinken está a fazer um périplo por vários países do Médio Oriente, centrado na necessidade de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e na mediação para libertar os reféns detidos pelo Hamas.

A deslocação a vários países, que termina na quinta-feira, surge num momento de preocupação com o risco de escalada e expansão da guerra entre Israel e o Hamas na região.

"Muitas das conversas que teremos nos próximos dias, com os nossos aliados e parceiros, serão sobre ações que podem tomar para garantir que o conflito não se estenda", disse.

Blinken visitou também a Turquia, onde se encontrou com o Presidente Recep Erdogan, e depois da Grécia deslocar-se-á à Jordânia, ao Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Israel, Cisjordânia e Egito.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis mas também 400 militares, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 22.000 pessoas - na maioria mulheres, crianças e adolescentes - e feridas acima de 57 mil, também maioritariamente civis.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.