DNOTICIAS.PT
País

Santos Silva defende que só uma "vitória robusta" do partido garante governabilidade

Foto Leonardo Negrão / Global Imagens
Foto Leonardo Negrão / Global Imagens

O militante socialista Augusto Santos Silva defendeu hoje que "só uma vitória robusta" do PS nas próximas legislativas garante governabilidade e que o executivo "não fica refém" da extrema-direita, criticando a interrupção "injusta e precipitada" do atual ciclo político.

Num discurso no 24.º Congresso Nacional do PS, em Lisboa, o também presidente do parlamento referiu que, há dois anos, dois milhões e 300 mil portugueses "deram um mandato claro ao PS para uma maioria sólida no parlamento português e para um Governo de quatro anos para executar o seu programa".

"Esse caminho foi injusta e precipitadamente interrompido por razões que são totalmente alheias ao Governo, ao parlamento e à opinião pública portuguesa, mas esse caminho tem de ser prosseguido, o que significa a renovação do mandato nas próximas eleições", disse.

Augusto Santos Silva salientou que o PS pretende "renovar a confiança dos portugueses" para "continuar o que está fazendo, renovando também as suas políticas e imprimindo novo impulso e nova ambição às suas políticas".

"Com orgulho pelos resultados conseguidos, mas também com a consciência do muito que está por fazer e da ambição que temos de colocar no próximo futuro", disse.

Para Santos Silva, "só uma vitória robusta do PS garante esta virtuosa combinação entre continuidade e renovação das políticas públicas", mas também que "não haverá retrocesso nas políticas de crescimento económico, nas políticas sociais, de educação, de igualdade".

"Só uma vitória robusta do PS garante aos portugueses governabilidade, estabilidade política e segurança. Só uma vitória robusta do PS garante que o próximo Governo não fique refém da extrema-direita", disse.

Santos Silva acrescentou ainda que só uma "vitória robusta" do PS garante a combinação "da liberdade, igualdade, solidariedade e sustentabilidade", que defendeu serem "valores essenciais" para o futuro de Portugal.

"E, por isso, aqui estamos nós: coesos, unidos, determinados para continuar a servir Portugal e os portugueses", disse.

Antes desta intervenção, a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, elogiou o Governo por ter levado a cabo a "maior reforma que o país assistiu nos últimos anos", numa referência à descentralização de competências.

A presidente da ANMP considerou que António Costa foi o "grande timoneiro" dessa transferência de competências para os municípios, salientando que, "pela sua experiência como presidente de Câmara, soube melhor do que ninguém" fazer com que o processo avançasse.

"O processo não está ainda perfeito, mas avançou como nunca antes e está neste momento numa fase absolutamente decisiva. (...) Esta é uma das marcas do PS de que nos orgulhamos: esta atitude de fazer, de avançar, de que nós nos orgulhamos e de que o Pedro Nuno será um grande legatário", afirmou.