Secretário-geral do PS reconhece que "nem tudo foi bem feito" e quer abrir novo ciclo
O secretário-geral do PS reconheceu hoje que "nem tudo foi bem feito" nos últimos oito anos de governação e que ainda "há problemas por resolver", mas defendeu que são os socialistas que estão em "melhores condições" para o fazer.
Num discurso no 24.º Congresso Nacional do PS, em Lisboa, Pedro Nuno Santos afirmou que, apesar de os socialistas terem "motivos para estar orgulhosos do trabalho feito nestes último oito anos", também sabem assumir, "com humildade, perante os portugueses, que nem tudo foi bem feito e que há ainda muito trabalho pela frente".
"Nós não ignoramos, nem escondemos, antes queremos abordar os problemas que ainda temos", afirmou.
O secretário-geral do PS disse saber que Portugal ainda tem uma "economia pouco sofisticada e pouco diversificada", e que ainda está "longe de ter os salários que os portugueses ambicionam ter".
"Temos problemas nos serviços públicos, na saúde, na escola pública, há dificuldades no acesso à habitação. Nós não escondemos, nem ignoramos, os problemas que ainda persistem em Portugal", reforçou.
Pedro Nuno Santos salientou que "o projeto de um partido socialista é por natureza um projeto inacabado", salientando que o PS tem "trabalho para fazer e problemas para resolver".
"Nunca, mas nunca os esconderemos, nunca mas nunca os ignoraremos, sabemos é que é o PS que está em melhores condições para os continuar a resolver", defendeu.
Para Pedro Nuno Santos, "o PS tem de saber ouvir o povo, ouvir os trabalhadores e os empresários que, juntos, constroem a riqueza" de Portugal, assim como "respeitar os reformados e corresponder às justas aspirações dos jovens".
"É com todos os portugueses que, enquanto secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro, tenciono abrir um novo ciclo no país e garantir as respostas para os problemas que o país inteiro enfrenta e pelas quais não pode esperar mais tempo", frisou.