Voo da Alaska Airlines aterra de emergência após perder uma janela
Um avião da Alaska Airlines fez uma aterragem de emergência na sexta-feira à noite (hora local) em Portland, noroeste dos Estados Unidos, depois de uma janela e um pedaço da fuselagem terem caído, anunciou a companhia.
O Boeing 737 Max 9 regressou a Portland, no estado de Oregon, aos 35 minutos de voo para a Califórnia, depois de uma secção exterior, incluindo uma janela, ter caído.
Os dados de voo mostram que o avião subiu até aos 4.876 metros antes de regressar ao Aeroporto Internacional de Portland, segundo a agência norte-americana AP.
A companhia aérea informou que o avião aterrou em segurança com 174 passageiros e seis membros da tripulação.
O buraco provocou a despressurização da cabina, mas a companhia não forneceu informações sobre se alguém ficou ferido ou sobre a possível causa.
A Alaska Airlines informou horas depois que decidiu imobilizar temporariamente todos os seus 65 aviões 737 Max 9 para efetuar inspeções.
"Na sequência do sucedido esta noite com o voo 1282, decidimos tomar a medida de precaução de imobilizar temporariamente a nossa frota de 65 aviões Boeing 737-9", declarou o diretor executivo da Alaska Airlines, Ben Minicucci, num comunicado.
Cada um dos aviões será reposto em serviço após uma manutenção completa e inspeções de segurança, que Minicucci disse que a companhia aérea previa concluir dentro de dias.
A Boeing disse que estava "a trabalhar para reunir mais informações" sobre o incidente, segundo a televisão britânica BBC.
"Uma equipa técnica da Boeing está pronta para apoiar a investigação", declarou o fabricante norte-americano.
O piloto disse aos controladores de tráfego aéreo de Portland que o avião tinha uma emergência, estava despressurizado e precisava de regressar ao aeroporto, de acordo com uma gravação feita pelo 'site' LiveATC.net, citado pela AP.
Um passageiro enviou à KATU-TV, em Portland, uma fotografia que mostra o buraco na lateral do avião, junto aos assentos dos passageiros.
Um vídeo partilhado com a estação mostrava pessoas a usar máscaras de oxigénio e passageiros a bater palmas quando o avião aterrou.
O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes e a Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciaram que vão investigar o incidente.
O Boeing 737 Max 9 envolvido no incidente saiu da linha de montagem e recebeu a certificação há apenas dois meses, de acordo com os registos 'online' da FAA.
O avião tinha efetuado 145 voos desde que entrou em serviço comercial em 11 de novembro, segundo o FlightRadar24, outro serviço de localização.
O voo de Portland foi o terceiro da aeronave no dia.