Chega quer pôr República a assinalar o 25 de Novembro
Assembleia Legislativa da Madeira aprovou proposta que prevê que a data seja assinalada no parlamento regional em sessão solene
Na sequência da aprovação de um projecto de resolução da sua autoria, que prevê que a data de 25 de Novembro seja assinalada no parlamento da Madeira em sessão solene, o Chega manifestou hoje a intenção de ver a medida replicada a nível nacional.
"A aprovação do nosso projecto de resolução não só permite ao parlamente regional enviar um sinal importante ao parlamento nacional, o qual deveria ser replicado pela Assembleia da República, seguindo o exemplo do que aqui foi feito, mas também permite, definitivamente, por termo a uma revisão da História que certos partidos da Esquerda gostam de fazer passar, pois procuram retratar como séria uma mensagem marcadamente tendenciosa e ideológica de que o 25 de Novembro é uma data menor da nossa Democracia. Isso não corresponde, de todo, à verdade, como ficou bem claro”, expressou Miguel Castro, citado em comunicado de imprensa.
O presidente do Chega-Madeira e líder da bancada parlamentar do partido sublinhou "a importância simbólica e institucional da votação favorável" e apontou aprovação do projecto do Chega como "exemplo da determinação do partido em lutar contra o esforço que certa Esquerda tem feito no sentido de subverter a realidade dos factos e impor à sociedade uma visão peculiar do mundo.”
“Somos um partido de Direita, que nunca aceitará que tentem deturpar os valores e os princípios que nos definem como sociedade e como civilização. Isso implica defender a nossa identidade colectiva, defender a família e afirmar o legado daqueles que, com sacrifício, contribuíram para a Liberdade e para a Democracia de que hoje usufruímos”, vincou o líder regional do Chega.
O partido viu, ontem, aprovada na Assembleia Legislativa da Madeira uma proposta da sua autoria que prevê que a data de 25 de Novembro seja assinalada no parlamento da Madeira em sessão solene, recebendo dos deputados regionais o mesmo tipo de tratamento protocolar que é estendido a outros marcos da história portuguesa.
A medida, que foi discutida conjuntamente com um projecto muito semelhante da autoria do PSD, posteriormente submetido, recebeu os votos favoráveis do CHEGA, JPP, PSD, CDS e IL, com os votos contra do PS, Bloco de Esquerda e Partido Comunista, assim como a abstenção do PAN.
A crise de 25 de Novembro de 1975 assinalou o fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC) e consolidou a democracia representativa em Portugal.