Aumento do financiamento em 30% alavanca aposta no mar e no turismo
Universidade da Madeira passa a receber 1,5 milhões de euros anuais do Governo da República, num total de 6 milhões entre 2023 e 2026
A Universidade da Madeira (UMa) viu ser aumentado o financiamento assegurado pelo Governo da República em cerca de 30%, traduzindo-se num total de 6 milhões de euros, com parcelas anuais de 1,5 milhões de euros, entre 2023 e 2026. As primeiras tranches, conforme deu conta, esta manhã, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na cerimónia de apresentação pública deste acordo plurianual.
Elvira Fortunato salientou que este reforço de verbas se enquadra no novo modelo de financiamento às universidades e visa alavancar “áreas prioritárias” e de “excelência”, como a investigação no mar, a saúde e o turismo.
Além disso, a governante deixou a nota de este incremento nas transferências do Estado para a UMa vão permitir o reforço da “ligação da universidade com a Região” e com outras entidades, nomeadamente os centros de investigação ou a Fundação para a Ciência e Ensino Superior.
Já Sílvio Fernandes realça que esta ‘revisão’ do financiamento vem ao encontro daquela que tem sido uma reivindicação de longa data da UMa. Sílvio Fernandes entende que esta “solução possível”, não sendo o ideal, vai permitir à universidade continuar a lutar por ser o “centro de interesse” da Região e do País, assente no seu “projecto ambicioso” que não se limita à Madeira, com uma aposta em “áreas diferenciadoras”.
O reitor garante que vai continuar a insistir “na atenção que é necessária para a que a Universidade da Madeira possa crescer”, não esquecendo a importância de se esbaterem as assimetrias no acesso e na frequência do ensino superior, num sistema que, entende, deve ser “orgânico” e “o mais justo possível”.
Os investimentos nas áreas do Turismo e da Saúde são para continuar, ao mesmo tempo que será iniciado um investimento na área do mar e na transformação digital. “Com este investimento vamos libertar verbas para manter aquilo que é o ‘core’ da universidade, que é a sua formação de lato espectro, que vai desde os cursos técnicos superiores profissionais, passa pelas licenciaturas, os mestrados, em todas as áreas, que vão do design à enfermagem”, salientou Sílvio Fernandes, aos jornalistas.
Com este reforço, o Governo da República, através da Direcção-geral do Ensino Superior, equipara o seu financiamento ao assegurado pelo Governo Regional, fixado, também, nos 6 milhões de euros. Este contrato-programa purianual inclui ainda o financiamento por outras entidades, nomeadamente a Fundação para a Ciência e Tecnologia, com 3 milhões de euros (750 mil euros/ano); a ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, com 400 mil euros (100 mil euros/ano); e a AIR Centre - Associação para o Desenvolvimento do Centro Internacional de Investigação do Atlântico, igualmente com 400 mil euros (100 mil euros/ano).