EMIR reduziu 30% das evacuações aeromédicas no Porto Santo
Passámos de 350 doentes em 2022 para 220 em 2023, afirmou Pedro Ramos
O secretário regional de Saúde e Protecção Civil disse, esta manhã, num balanço à actividade da EMIR no Porto Santo, pelo primeiro ano sem interrupção, que existem “argumentos mais do que suficientes” para justificar a presença desta entidade, através de duas equipas, médicos e enfermeiros, para prestar apoio não só à população residente, mas também àqueles que visitam a ilha do Porto Santo.
“Entre 2022 e 2023, reduzimos em 30% as evacuações aeromédicas. Tivemos 254 em 2022 e 169 em 2023 e passámos de 350 doentes em 2022 para 220 em 2023. Isto significa que, de facto, este caminho que estamos a seguir é o caminho mais indicado para aumentar o nível de cuidados no Porto Santo”, afirmou Pedro Ramos.
O governante sublinhou mesmo que a saúde e o socorro prestados naquela ilha têm agora mais qualidade. Apesar de só no ano passado a EMIR ter assegurado uma permanência anual no Porto Santo, “em 2024 faz 10 anos de EMIR no Porto Santo e 25 de EMIR na Região Autónoma da Madeira”.
A nova unidade de saúde do Porto Santo não vai inviabilizar a presença desta unidade de socorro. “A EMIR vai continuar a desenvolver a sua actividade pós 2025. Não há volta a dar”, assegurou o secretário regional.
Tânia Cova , 05 Janeiro 2024 - 10:48
António Brazão, responsável pela coordenação da EMIR, sublinhou que a presença destas equipas no Porto Santo serve para esbater a dupla insularidade. Destacou ainda a qualidade dos recursos humanos no terreno, “altamente diferenciados”, e a “ginástica” para que o socorro seja operacionalizado ao longo de todo o ano.
“Os cuidados que oferecemos à população do Porto Santo são iguais aos que ofereceremos à população da Madeira”, assegurou o médico.
O presidente da Câmara Municipal do Porto Santo regozijou-se com a presença da EMIR no Porto Santo pela segurança na saúde que confere à população. Nuno Batista lembrou uma “decisão de coragem” do Governo Regional, através da Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil, que contribuiu para a “mudança de paradigma que se assiste” na Ilha Dourada.
Sem perder o espírito crítico, o autarca disse que ainda é preciso “corrigir muitas situações”, nomeadamente as questões de habitação para os profissionais que para lá vão exercer a actividade.