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Madeira

Cancro do pulmão em análise na 10.ª edição da Bolsa Rubina Barros

Parceiros, bolseira e orientadora assinaram hoje contrato

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Foi esta manhã assinado o contrato relativo à concessão da Bolsa de Investigação Rubina Barros, na presença da bolseira Patrícia Sousa, do Centro de Química da Madeira (CQM) – Universidade da Madeira, que foi a vencedora da 10.ª edição da Bolsa, com o tema ‘Non-Invasive Detection of Lung Cancer Through the Integration of Multi- -OMICs Biosignatures and Artificial Intelligence Strategies’.

Presente esteve também a orientadora do trabalho de investigação que vai decorrer no Centro de Química da Madeira - Universidade da Madeira, Rosa Perestrelo, o presidente do Núcleo Regional da Madeira da Liga Portuguesa contra o Cancro, Ricardo Franco Sousa e o Director Geral Editorial do DIÁRIO, Ricardo Miguel Oliveira.

O Núcleo Regional da Madeira da Liga Portuguesa Contra o Cancro, consciente da importância da investigação científica no âmbito do cancro e da necessidade que os investigadores têm em termos de apoio financeiro e em parceria com o DIÁRIO criou uma Bolsa para possibilitar o trabalho de investigação por parte de um investigador com um projecto de investigação correctamente definido.

A Bolsa Rubina Barros abrange investigadores de nacionalidade portuguesa, licenciados ou com o grau de mestre ou doutor, que apresentem um projecto de investigação na área da oncologia ou numa área específica da oncologia a caracterizar.

Patrícia Sousa, que é licenciada em Bioquímica e mestranda em Bioquímica Aplicada pela Universidade da Madeira (UMa), obriga-se a desenvolver um projecto de investigação científica no âmbito do cancro do pulmão, apresentado a concurso: “Non-Invasive Detection of Lung Cancer Through the Integration of Multi-OMICs Biosignatures and Artificial Intelligence Strategies”, mediante a atribuição de uma bolsa no valor de 10 mil euros.

Fará relatórios de progresso a 30 de Abril, a 31 de Julho, 30 de Novembro do ano em que vigora a bolsa nos quais fará o ponto de situação sobre o desenvolvimento dos trabalhos, devendo conter todos os dados que se mostrem necessários à apreciação da execução do projecto e cumprimento dos objectivos da bolsa. Obriga-se ainda a remeter um relatório final ao NRM – LPCC quando terminar a sua participação no projeto de investigação ou quando o projetco terminar. Este relatório comportará a descrição completa e pormenorizada dos objectivos, do material e métodos empregues, dos resultados obtidos e respectiva discussão.

“Além de enriquecer o meu currículo, esta é também uma forma de continuar a trabalhar para alcançar bons e promissores resultados”, assegurou, em Novembro, Patrícia Sousa quando soube que tinha sido escolhida pelo júri, por ter apresentado uma proposta de trabalho que incide essencialmente sobre o cancro do pulmão e respectivos métodos para um eficaz pré-diagnóstico.

“Durante o meu mestrado, trabalhei com algo semelhante, mas relacionado com o cancro da mama. Este projecto, que saiu vencedor, está relacionado com o cancro do pulmão e inclui outras abordagens, sendo algo novo, com o qual não estou habituada a trabalhar”, revelou. E acrescentou: “Este projecto está direccionado para o cancro do pulmão, sendo que o objectivo é tentar encontrar potenciais biomarcadores para o pré-diagnóstico uma vez que não existe nenhum em análises de rotina. Até porque caso seja diagnosticado o cancro do pulmão com antecedência, maior será a longevidade dos pacientes”.

A Bolsa Rubina Barros nasceu da memória de uma lutadora incansável, a jovem estudante de medicina Rubina Barros que, em 2013, comoveu os madeirenses na sua luta contra um linfoma. O caso tornou-se mediático após o sucesso da campanha para angariar fundos para o tratamento, difundida pelo DIÁRIO. Passados cerca de seis meses, Rubina não resistiu à doença vindo a falecer a 26 de Setembro de 2013, no Hospital Dr. Nélio Mendonça. A família de Rubina Barros, honrando a sua memória e vontade expressa, cumpriu com o prometido e entregou ao NRM – LPCC, uma soma considerável, resultante da solidariedade de muitos madeirenses, na sequência do apelo lançado pelo nosso matutino. Desde há 10 anos que este dinheiro tem sido usado para apoiar jovens investigadores na busca de uma cura para o cancro.