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Turquia, Bulgária e Roménia fecham acordo para desminar mar Negro

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Bulgária, Roménia e Turquia vão finalizar na próxima semana um acordo de cooperação para a desminagem do mar Negro, devido aos riscos para o transporte marítimo, adiantou hoje o ministro da Defesa búlgaro, Todor Tagarev.

"A guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia, acarreta riscos para o nosso território, para a segurança do transporte marítimo", sublinhou Tagarev, sobras as razões que motivaram meses de negociações para chegar a um acordo.

Para "minimizar estes riscos", as marinhas dos três países costeiros vão participar na desminagem, acrescentou o ministro, citado pela rádio pública BNR.

Tagarev não adiantou, no entanto, mais detalhes sobre os termos do acordo ou a data exata para a celebração.

Em Ancara, o Ministério da Defesa turco também revelou hoje que "nos dias 10 e 11 de janeiro" será assinado um acordo com a Roménia e a Bulgária, no âmbito do grupo de medidas antiminas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), para "observação e treino".

A criação deste grupo de combate ocorre num contexto de aumento de incidentes na navegação causados por minas no mar Negro.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, em fevereiro de 2022, foram detetadas 150 minas à deriva no mar Negro, um perigo para o tráfego marítimo. Seis destas minas estavam localizadas perto da costa romena, país do leste europeu que integra a NATO.

Desde o início do conflito na Ucrânia, em 2022, que os aliados têm reforçado a sua presença no flanco leste da NATO, nomeadamente em países como a Roménia.