Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade coligação com CDS e PPM
O Conselho Nacional do PSD aprovou hoje, por unanimidade, a coligação com o CDS-PP e PPM para as legislativas e europeias, mas os termos do acordo político entre os três partidos serão negociados posteriormente.
Reunido hoje em Braga, o Conselho Nacional mandatou o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, para negociar os termos do acordo.
Foi ainda aprovada a abertura dessas listas à inclusão de cidadãos independentes "de reconhecido mérito, provenientes de vários quadrantes da sociedade civil e empenhados no projeto político da Aliança Democrática", a própria designação da coligação.
Na abertura do Conselho Nacional, o líder do PSD, Luís Montenegro, disse que a coligação vai garantir, desde logo, um grupo parlamentar ao CDS-PP, com dois lugares "claramente elegíveis" em Lisboa e no Porto.
Ao CDS-PP, estão ainda reservados o 10.º lugar nas listas de Aveiro e o 11.º nas listas de Braga, com hipóteses de eleição.
O PPM, por sua vez, terá o 19.º lugar em Lisboa.
"Não é fácil chegar lá, mas se tudo correr dentro daquilo que esperamos em termos de margem de crescimento, é para isso que nós vamos lutar e para também dar uma representação parlamentar ao PPM", acrescentou Montenegro.
PSD e CDS-PP anunciaram em 21 de dezembro do ano passado que irão concorrer coligados às eleições legislativas de março e às europeias de junho com uma coligação pré-eleitoral, que recupera o nome Aliança Democrática (a designação das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80) e que vai incluir "personalidades independentes".
Na quarta-feira, foi anunciado que também o PPM integrará esta coligação pré-eleitoral, já aprovada pelos órgãos do partido.
Esta é a quarta vez que PSD e CDS-PP irão juntos a votos em legislativas.
Aquando do anúncio, através de um comunicado conjunto, PSD e CDS-PP indicaram que vão valorizar e acolher, entre outras, as ideias do "Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada", subscrito por "mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa" a apoiar um eventual novo executivo liderado pelos sociais-democratas e pelo seu presidente, Luís Montenegro.
A AD "propõe-se oferecer aos portugueses uma efetiva mudança política e de políticas", prometendo "muito mais ambição para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses".