DNOTICIAS.PT
eleições legislativas País

Conselho Nacional do PSD vai aprovar coligação mas sem termos do acordo com CDS e PPM

None
FOTO PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

O Conselho Nacional do PSD deverá aprovar hoje a coligação com o CDS-PP e PPM para as legislativas e europeias, mas sem os termos do acordo político entre os três partidos, mandatando o secretário-geral, Hugo Soares, para o negociar.

De acordo com a proposta da Comissão Política Nacional (CPN) a que a Lusa teve acesso, aos conselheiros nacionais do partido, que se reúnem hoje à noite em Braga, será pedido que aprovem a "candidatura às eleições legislativas de 10 de março de 2024 e eleições europeias de 9 de junho de 2024, em coligação eleitoral, em listas conjuntas com o CDS-PP e PPM".

O Conselho Nacional deverá também "aprovar a abertura dessas listas à inclusão de cidadãos independentes de reconhecido mérito, provenientes de vários quadrantes da sociedade civil e empenhados no projeto político da Aliança Democrática", a própria designação da coligação, bem como a sua sigla e logótipos.

No último ponto da proposta da direção, assinada pelo presidente do PSD Luís Montenegro, lê-se que o Conselho Nacional deverá "mandatar o secretário-geral para a negociação dos termos do acordo político e homologação da coligação eleitoral junto do Tribunal Constitucional, Ministério da Administração Interna e demais trâmites legais".

PSD e CDS-PP reúnem hoje os Conselhos Nacionais dos dois partidos para aprovar a constituição da coligação pré-eleitoral Aliança Democrática, que incluirá também o PPM, para concorrer às próximas eleições legislativas e europeias.

As reuniões destes dois órgãos máximos entre congressos vão decorrer ao mesmo tempo, a do PSD em Braga e a do CDS-PP em Lisboa, ambas com início marcado para as 21:00.

De acordo com fontes da coligação, o CDS-PP assegurou dois lugares elegíveis, um na lista por Lisboa e o outro pelo Porto, mas pode conseguir eleger mais dois deputados nestes círculos se o resultado for melhor face ao das últimas eleições legislativas.

Já o PPM terá um lugar de difícil eleição na lista por Lisboa, o 21.º.

Para dia 15 de janeiro, estão marcadas novas reuniões do Conselho Nacional dos dois partidos, para aprovar as listas de candidatos a deputados, que têm de ser entregues até dia 29.

PSD e CDS-PP anunciaram em 21 de dezembro do ano passado que irão concorrer coligados às eleições legislativas de março e às europeias de junho com uma coligação pré-eleitoral, que recupera o nome Aliança Democrática (a designação das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80) e que vai incluir "personalidades independentes".

Na quarta-feira, foi anunciado que também o PPM integrará esta coligação pré-eleitoral, já aprovada pelos órgãos do partido.

Esta é a quarta vez que PSD e CDS-PP irão juntos a votos em legislativas.

Aquando do anúncio, através de um comunicado conjunto, PSD e CDS-PP indicaram que vão valorizar e acolher, entre outras, as ideias do "Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada", subscrito por "mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa" a apoiar um eventual novo executivo liderado pelos sociais-democratas e pelo seu presidente, Luís Montenegro.

A AD "propõe-se oferecer aos portugueses uma efetiva mudança política e de políticas", prometendo "muito mais ambição para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses".