Alto responsável de milícia pró-Irão morto em ataque no Iraque
Um alto responsável de uma milícia pró-iraniana no Iraque foi morto hoje num ataque aéreo realizado alegadamente pelos Estados Unidos contra o quartel-general do grupo em Bagdad, noticiou a imprensa local.
Fontes de segurança, citadas pelo canal de televisão iraquiano Al-Sumaria, especificaram que o homem morto é um alto responsável da milícia Al-Nujaba -- que integra as Forças de Mobilização Popular (FMP), movimento pró-Irão --, cujo quartel-general fica em Bagdad.
Da mesma forma, fontes das FMP sublinharam que o ataque teria sido realizado por um avião do exército dos Estados Unidos, que ainda não fez declarações sobre este incidente.
Ambulâncias e membros das forças de segurança foram enviados para analisar o local do ataque.
Várias milícias pró-Irão têm atacado bases e objetivos dos Estados Unidos no Iraque e na Síria devido ao apoio de Washington a Israel na sua ofensiva contra a Faixa de Gaza, desencadeada após os ataques realizados em 07 de outubro pelo grupo islamita palestiniano Hamas contra o território israelita.
Os Estados Unidos têm respondido em diversas ocasiões, bombardeando posições destes grupos, alguns deles integrados nas forças de segurança iraquianas, o que levou o primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al-Sudani, a criticar duramente Washington por estes ataques.
Depois de um bombardeamento em dezembro contra "instalações militares" iraquianas, no qual morreu uma pessoa, Al-Sudani falou de um "ato claramente hostil", embora também tenha criticado os ataques contra instalações e missões diplomáticas estrangeiras, referindo que também são "atos hostis" que "violam a soberania do Iraque".
Os Estados Unidos denunciaram que o Irão "facilita ativamente" os ataques às suas instalações, embora Teerão tenha rejeitado sempre estas acusações.
As autoridades iranianas aumentaram significativamente a sua influência no Iraque desde a queda do Governo de Saddam Hussein após a invasão dos Estados Unidos naquele país em 2003, enquanto Bagdad tenta apresentar-se como um aliado dos dois países e pede para ser deixado de fora das suas disputas.