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Investigação Judicial País

PAN admite viabilizar solução governativa na Madeira se forem rejeitados projectos relacionados com corrupção

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Foto Lusa

A porta-voz da PAN reafirmou hoje a disponibilidade do partido para viabilizar uma solução de governo estável para a Madeira, que passa por um orçamento que "deixe de fora" os projetos relacionados com as suspeitas de corrupção.

"O orçamento deverá deixar de fora estes projetos e a sua execução" declarou Inês Sousa Real aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital de Portimão, no distrito de Faro.

Segundo a líder do PAN, o partido defende que, enquanto decorrer uma investigação judicial, deve haver "um garante da não execução dos mesmos projetos", para não beneficiar quem possa alegadamente estar envolvido em algum ato de corrupção ou de tráfico de influências.

Questionada sobre se o atual orçamento da Madeira se mantém, Inês Sousa Real remeteu para mais tarde uma posição, depois de ouvir a estrutura regional do partido que hoje se reuniu com o representante da República no arquipélago.

"Irei manter contacto com a estrutura regional e ouvir a preocupação e a atualidade em relação à reunião que ocorreu", disse.

A porta-voz do PAN reafirmou a disponibilidade do partido para viabilizar um novo acordo governativo com o PSD, "desde que tenha, no mínimo, os mesmos pressupostos que teve o anterior", garantindo que a pessoa que venha a ser indigitada para o Governo regional "não tenha qualquer ligação ao projeto anterior".

"Importa agora que o representante da República tenha conhecimento daquela que é a disponibilidade por parte da estrutura regional, no sentido de viabilizar um novo acordo e uma eventual estabilidade governativa para a Madeira", sublinhou.

Inês Sousa Real afirmou que "as preocupações e prioridades" do partido são os interesses da Madeira, recordando que "há fundos comunitários para serem executados e um orçamento para chegar às pessoas".

O presidente do Governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, demitiu-se na sexta-feira, dois dias depois de ter sido constituído arguido num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder, prevaricação, atentado ao Estado de direito, entre outros crimes.

O processo envolve também dois empresários e o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD).