Líderes políticos do Parlamento Europeu apelam a acordo sobre ajuda financeira
Os líderes das cinco maiores famílias políticas do Parlamento Europeu (PE) esperam que os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) cheguem na quinta-feira a um acordo sobre o apoio financeiro de longo prazo à Ucrânia.
Na véspera da reunião extraordinária do Conselho Europeu - com a revisão intercalar do quadro financeiro plurianual (QFP) 2021-2027 e a aprovação de uma ajuda de longo prazo de 50 mil milhões de euros à Ucrânia na agenda dos trabalhos -, os líderes dos grupos políticos do PPE (centro-direita), S&D (socialistas), Renovar a Europa (liberais), Verdes e ECR (direita) dizem ser esta "uma oportunidade crucial para traduzir as palavras em atos".
A carta apela ainda aos responsáveis europeus que "cheguem urgentemente a acordo sobre o apoio económico e financeiro proposto ao abrigo mecanismo para a Ucrânia".
Os signatários do apelo lembram que a Ucrânia se defende há quase dois anos, desde 24 de fevereiro de 2022, da guerra de agressão lançada pela Rússia e que ameaça também "a segurança e estabilidade e a democracia e prosperidade do continente europeu".
Os líderes partidários lembram ainda que a UE "nasceu das lições aprendidas da devastação causada pela II Guerra Mundial [1939-1945]" e consideram que o bloco europeu deve demonstrar a sua "solidariedade e capacidade de agir" perante a situação na Ucrânia.
O PPE inclui os eurodeputados do PSD e CDS, o S&D os doPS e os Verdes eleito pelo PAN, que entretanto passou a independente.
A UE vai voltar a debater a revisão do QFP para o período 2024-2027, que inclui uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros para os próximos quatro anos para reconstrução da Ucrânia pós-guerra, numa reunião em que o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenski intervém por videoconferência.
A Hungria tem-se oposto a esta proposta, não tendo sido possível, na cimeira europeia de dezembro, chegar a um acordo.
O primeiro-ministro em exercício, António Costa, representa Portugal na reunião.