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Investigação Judicial Madeira

"Em nenhum momento pode estar em causa o bom nome dos madeirenses ou a sua dignidade e honra"

Socialista madeirense Carlos Pereira recorreu à sua página de Facebook para abordar o momento actual marcado pela investigação judicial e dirigir algumas considerações aos cidadãos de Portugal continental

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"Não gosto de generalizações, nem da tentativa de alguns em tornar a Madeira numa espécie de antro geral de mal feitores", diz Carlos Pereira

O ainda deputado socialista da Madeira na República e candidato por Lisboa, Carlos Pereira, recorreu esta quarta-feira à sua página de Facebook para tecer uma série de considerações sobre o momento actual, dirigindo-se aos cidadãos de Portugal continental.

"Quero hoje, e agora, dizer algo aos meus amigos do continente : os madeirenses estão tristes, a sofrer, envergonhados e com medo do futuro. E estão assim porque são gente séria, têm dignidade, são trabalhadores e pessoas de bem ! Por isso, não fico calado quando observo que muitos não compreendem esta realidade e outros são céleres e pouco rigorosos a tratar a região numa insuportável ideia de ambiente geral de perversão", começa por escrever o parlamentar madeirense.

"Sublinho que vivo na Madeira há mais de 50 anos, conheço a minha terra e sei bem de que fibra são feitos os madeirenses, por isso, não gosto de generalizações, nem da tentativa de alguns em tornar a Madeira numa espécie de antro geral de mal feitores. Sei do que falo e tenho autoridade para dizer isto : em 2015 escrevi um livro (a Herança) sobre a herança do PSD-M que prejudicou os madeirenses, seja com a problemática da dívida oculta, seja com os indícios claros de ilegalidades na governação do PSD M. Mas, dito isto, em nenhum momento pode estar em causa o bom nome dos madeirenses ou a sua dignidade e honra. Generalizar, criar epitáfios jocosos, insinuar que é um problema da Madeira e dos madeirenses, ultrapassa as marcas do aceitável!", alerta Carlos Pereira.

Deixando claro que é importante que se investigue tudo, "o mais rápido possível, e puna-se quem tem de ser punido", concluiu afirmando que é preciso "permitir o funcionamento da democracia e o combate político/partidário para encontrar os caminhos que os madeirenses precisam e merecem, mas tudo isso deve ser feito com a sensibilidade de compreender que há uma região que tem 250 mil pessoas no meio do Atlântico que não é indiferente ao que se está a passar, mas merece ser compreendida e respeitada!".