Pistolas de água proibidas no Carnaval brasileiro de Salvador para evitar o machismo
As pistolas de água serão proibidas durante o carnaval da cidade brasileira de Salvador para garantir a segurança das mulheres e evitar agressões, anunciou o Governo do estado nordestino.
Aprovada pelo governador do estado da Bahia, Jerónimo Rodrigues, a medida já tinha sido aprovada pela Assembleia Legislativa em junho do ano passado, depois de ter sido noticiado o caso de uma mulher que foi agredida durante o carnaval de 2023 em Salvador, a capital regional, e que acolhe um dos mais famosos carnavais do Brasil.
No último carnaval uma mulher foi agredida por foliões do tradicional bloco "As Muquiranas", cujos integrantes vestem-se de mulher.
A mulher foi cercada, empurrada várias vezes e atingida por jatos de água.
Embora a pistola de água não fizesse parte do traje, o seu uso é comum entre estes foliões.
"A gente acredita na prevenção e na sensibilização das pessoas para acabar com esse tipo de violência machista e misógina dentro do nosso Carnaval, que é uma festa linda e o mundo ama", disse a secretária regional de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo, em comunicado.
Durante as comemorações deste ano, as pessoas que portarem pistolas de água não serão multadas, mas terão que entregá-las aos policias que controlarão o acesso aos desfiles.
Apesar de ser um brinquedo, várias associações feministas exigiram a sua proibição porque foi utilizado em vários casos para agredir mulheres durante as festividades.
A proibição estará em vigor em todo o estado da Bahia, que organiza festas populares de carnaval nas cidades de Salvador, Porto Seguro e Maragogipe.