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Pistolas de água proibidas no Carnaval brasileiro de Salvador para evitar o machismo

Foto Marcelo Tadvald / Shutterstock.com
Foto Marcelo Tadvald / Shutterstock.com

As pistolas de água serão proibidas durante o carnaval da cidade brasileira de Salvador para garantir a segurança das mulheres e evitar agressões, anunciou o Governo do estado nordestino.

Aprovada pelo governador do estado da Bahia, Jerónimo Rodrigues, a medida já tinha sido aprovada pela Assembleia Legislativa em junho do ano passado, depois de ter sido noticiado o caso de uma mulher que foi agredida durante o carnaval de 2023 em Salvador, a capital regional, e que acolhe um dos mais famosos carnavais do Brasil.

No último carnaval uma mulher foi agredida por foliões do tradicional bloco "As Muquiranas",  cujos integrantes vestem-se de mulher.

A mulher foi cercada, empurrada várias vezes e atingida por jatos de água.

Embora a pistola de água não fizesse parte do traje, o seu uso é comum entre estes foliões.

"A gente acredita na prevenção e na sensibilização das pessoas para acabar com esse tipo de violência machista e misógina dentro do nosso Carnaval, que é uma festa linda e o mundo ama", disse a secretária regional de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo, em comunicado.

Durante as comemorações deste ano, as pessoas que portarem pistolas de água não serão multadas, mas terão que entregá-las aos policias que controlarão o acesso aos desfiles.

Apesar de ser um brinquedo, várias associações feministas exigiram a sua proibição porque foi utilizado em vários casos para agredir mulheres durante as festividades.

A proibição estará em vigor em todo o estado da Bahia, que organiza festas populares de carnaval nas cidades de Salvador, Porto Seguro e Maragogipe.