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Conservador Sergei Baburin abandona corrida presidencial russa e apoia Putin

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O político conservador Sergei Baburin abandonou hoje a corrida às eleições presidenciais russas de março e anunciou o seu apoio ao atual Presidente, Vladimir Putin, que, segundo os especialistas, não terá rivais de peso no escrutínio.

"Não é possível dividir o poder nas condições de confronto que existem com o Ocidente", esclareceu Baburin, líder da União Popular da Rússia, um partido conservador extraparlamentar, justificando a sua decisão com a necessidade de evitar uma "bifurcação das forças patrióticas" russas, de acordo com os meios de comunicação social locais.

Assim, Baburin, que recolheu 1% dos votos quando concorreu ao Kremlin (Presidência russa) em 2018, anunciou que o seu partido decidiu "apoiar o líder nacional Vladimir Putin", decisão já transmitida à Comissão Eleitoral Central.

Segundo o jornal Moscow Times, o Partido Democrático da Rússia, formado em 1990 e que teve assento no parlamento pela última vez em 1995, fez saber, por seu lado, que a potencial candidata às presidenciais, Irina Sviridova, não conseguiu reunir as 100 mil assinaturas exigidas.

O presidente do partido, Alexander Zorin, disse aos 'media' públicos russos que irá apoiar Putin.

A Comissão Eleitoral Central registou, até ao momento, quatro candidatos.

A par de Putin, três membros de partidos representados no parlamento estão na corrida presidencial: o comunista Nikolái Jaritónov, o ultranacionalista Leonid Slutski e o representante do Novo Povo, Vladislav Davankov.

Está previsto que a campanha eleitoral arranque no próximo dia 17 de fevereiro e se prolongue até às 00h00 de 15 de março.

As eleições decorrem entre 15 e 17 de março.

Vladimir Putin está no poder desde 2000 e pretende garantir um quinto mandato presidencial, depois de também ter ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.

Segundo as sondagens locais, Putin deverá vencer as eleições presidenciais de março com mais votos face a 2018, quando garantiu cerca de 76% dos sufrágios.

A oposição russa, cujo líder Alexei Navalny cumpre 30 anos de prisão num estabelecimento penitenciário no Ártico, acusa o Kremlin de preparar uma fraude eleitoral através do voto eletrónico, ao qual vão ter acesso um terço dos eleitores recenseados durante os três dias da votação.